Monólogo de um bobo
E agora? Não foi um devaneio
Ela se foi sem dizer adeus
Surgiu como um furacão e se foi sem me deixar opção.
Ainda sinto o cheiro de Brenda no ar. A mesma usava um perfume diferenciado que a deixava ainda mais atraente.
Não entendo porque se foi. Eu a amava. Juro que amava. Mas nunca revelei. Sai com ruivas, loiras, negras, magras, pardas, gordas, pálidas bronzeadas e no fim sempre solitário. Ela era diferente. Era única. Eu não reconheci.
Mantinha-se calada para não me afrontar. Eu via sua desaprovação nos olhos, mas eu adorava seu jeito bruto de ser. Brenda gostava de coisas bobas e ao mesmo tempo me intrigava por gostar de coisas que eu nunca ouvi falar. Tinha dilemas com nomes, esquecia até seu cantor preferido. Era uma baita mulher. Tinha defeitos, muitos defeitos. Isso a tornava ainda mais especial.
Eu a amava. Reconheci tarde. Ela se foi, não volta mais. Seguiu sua vida. Com rumo e direção.
Adorava o fato dela gostar de poucas coisas. Dentre elas, eu. Como não percebi?
Quando Brenda resolveu se resguardar o seu olhar tornou-se distante. Eu não notei que ela estava se afastando. Fui bobo. Ela já não olhava nos meus olhos. E foi assim que perdi meu amor...
Hoje ela está com outro, morando em Berlim e eu sofrendo por não tê-la.
Eu a amarei eternamente.
OBS: Ainda estou confusa em relação à categoria que "Monólogo de um bobo" se encaixa.