Esperança
 
Já fazia algum tempo que Paulo estava sentado ali, naquele banco da praça, distraído como se não houvesse mais nada a seu redor.
Pensava nos momentos felizes que vivera com Esperança. Uma moça linda, de olhos amendoados e pele morena, de curvas perfeitas, das quais nem mesmo um cego se perderia nelas. Imaginava ele que Esperança tinha os seios mais lindos, antes vistos por alguém, e as ancas largas e convidativas que Paulo de forma alguma resistia.
Mas era do beijo que ele lembrava com mais aptidão e saudades. Esperança tinha o beijo doce como mel, e ainda exalava de sua pele macia um odor de rosas a desabrochar.
Paulo estava ali imaginando, senão, sonhando com a moça que o encantava e ao mesmo tempo destroçou seu coração. Esperança não deu mole, Paulo vacilou e ela picou a mula dizendo de forma grosseira. Se fosse Paulo falando, diria: Esperança partiu para nunca mais voltar.
Tantos minutos se passaram que ele quase que cochilou. Acordou sendo cutucado por alguém que se sentara do teu lado.
- Moço você está babando de tanto dormir?
Ainda pensando em Esperança disse como se estivesse embriagado:
- É o doce mel do beijo dela...