Um conto de amor II
Era manhã de 7 de setembro, feriado nacional.
Vrut, Vrut … meu celular no canto do travesseiro vibrava.
Nossa, tava num sono não bom!
O relógio marcava 14h.Pego o celular - uma nova mensagem. Era da Clara:
“ Precisamos conversar, me liga assim que puder!”
Clara é minha melhor amiga. Faz um tempo que nossa relação esta estranha, nosso contato ta progredindo. Acho que nossa relação de amizade ta se transformando em algo que desconheço. Ontem saímos como de costume. Fui busca-la pontualmente as 19h. Ao chegar na avenida que da acesso a sua casa, já consigo avista-la de longe. Nossa, como estava linda! Seguimos em direção ao parque. Onde costumávamos deitar na grama e observar as estrelas. A noite passou assim, entre uma história. Ao voltarmos, me disperso dela em frente a sua casa. Ela carinhosamente me abraça e me faz sentir algo que nunca havia sentido antes por ela. com seu rosto colado no meu vai se desfazendo do abraço e meu coração dispara me fazendo agir sem pensar e antes que o abraço se disfarça eu a beijo. Ela retribui mas logo se desprende e corre pra dentro sem nem me da um Boa Noite.
Bom, estou sem coragem pra responder esse torpedo. Solto o celular volto a ficar na cama.
Minha cidade costuma parar nos feriados, boa parte dos moradores se deslocam para as cidades litorâneas. Eu também costumava fazer isso, mas, dessa vez, resolvi cair de cara na maré mansa. Dormir ate tarde sem planos de levantar da cama.
Depois de alguns minutos curtindo preguiça, meu telefone vibra novamente. È a Clara! (Vai garoto não pode ficar evitando ela)
Oi pequena, bom dia!
Precisamos conversar! Ah, já é boa tarde!
É, acabei de acordar! Boa tarde. Precisamos mesmo, te encontro no café da esquina em 1h pode ser?
Certo. (Desliga o telefone)
Levanto e vou tomar banho. Debaixo do chuveiro eu penso em tudo que aconteceu e tudo que sinto só em pensar nela.
Uma hora depois lá estou eu no nosso cantinho da cafeteria esperando por ela. Não demora muito e escuto os sinos da porta, ela vem e senta bem na minha frente. Ela me encara e diz:
Eu tô com medo!
Seguro suas mãos e olho nos seus olhos nesse momento.
Com medo de que?
De sentir o que eu to sentindo, de estamos confundindo tudo. Tenho medo de te Perder!
Calma pequena, isso tudo é novo pra gente, mas, não é ruim. Claro que assusta o fato de você me deixar sem palavras quando me encara com esses olhos. Que… nossa! Como são lindos?! (nós dois rimos) Só tenho uma coisa a te dizer, se a vida nos presenteou com esse sentimento, eu não posso fingir que ele não existe. Eu só quero que você fique comigo.
Olha Bernardo, eu não sei que sentimento é esse nem o que ele nos reserva. Eu só sei que você é importante demais na minha vida. Não quero que isso destrua tudo que a gente construiu todo esse tempo.
Seguro seu rosto com minhas mãos e olhando bem no seu olho eu falo:
Vai ficar tudo bem, nós vamos descobrir isso juntos.
Ela me abraça e fala baixinho.
Eu te amo!
Eu também te amo. Responto com a certeza de que ali marcava o inicio de uma nova fase entre dois amigos que descobriram, que amizade e amor caminham juntos.
Por Danielly Martins (@daaniellym)