O encanto teria sumido?
 
Onde estariam as flores que fizeram brotar um jardim enfeitado?
O romance repleto de vida poderia perder a intensidade?
 
Inquieto o jovem sonhador abandonou a TV ligada.
A mente buscava um itinerário confuso rumo ao equilíbrio distante.
 
Quinze dias ou mais sem desfrutar a tão suave presença tornavam o instante bem doloroso.
Nesse período o organismo adoeceu, ele esperou que ela o visitasse, precisava demais do colo afetuoso, entretanto contou apenas com o silêncio e os sonos repetitivos.
 
Algumas mensagens breves, mas nenhuma ação realçando a vontade de agir como a companheira ideal.
 
Ele escolheu não pensar demais no ato indiferente.
 
Começou a seguir os passos da saudade.
O que estaria a bela namorada fazendo? 
 
Os vários porquês, a decepção abraçando a melancolia, as incertezas deixavam de ter sentido agora.
Muito forte bateu a necessidade do coração retomar a tranqüilidade.
 
* Ele não hesitou, pegou o celular e efetuou a ligação ansioso.
 
Conversaram talvez dez ou quinze minutos.
No rápido diálogo os assuntos chatos afastou, não era o momento de discutir a relação.
Ouvi-la fazer algumas perguntas gentis, comentar algo importante ou não, bastava isso.
 
Após a saudação final, a inquietação sumiu.
 
* Olhando as estrelas provou uma gostosa emoção contemplando o céu infinito.
 
Respirando devagar, o rapaz absorvia o oxigênio revigorante.
Percebeu o canto das cigarras, permitiu o som embalando a esperança renovada.
 
Um leve sorriso surgiu.
Lá fora 
o burburinho sugeria ânimo.
 
Quase voltou a ligar, porém ela já estaria dormindo.
Ele desejou aumentar a dose de felicidade, repetir a sensação, resistir, insistir aquecer, nunca aceitar diminuir ou esquecer.
Seria muito bom escutá-la outra vez, estimular a ilusão demais preciosa das ondas do mar...
 
O profundo amar, acalmar bastante é capaz, a voz fascinante, paz!
 
Um abraço! 
Ilmar
Enviado por Ilmar em 10/11/2015
Reeditado em 11/11/2015
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