UM SONHO INCONCLUÍDO
H. Siqueira, 2010.
Numa tarde clara mas sem sol, em um ambiente tipicamente campestre, ao lado de uma auto estrada que parecia deserta, havia um caminho estreito cercado de vegetção rasteira; a estrada ficava em um plano mais alto, cerca de quatro metros, mas havia um detalhe: Não havia um horizonte visível, pelo menos para nós, parecia que o caminho nunca teria fim.
- Muitas vezes, quando tudo nos vai bem, parece que a vida nunca tará fim...
Ao lado direito, morros de formas harmoniosas e cobertos de luxuriante vegetação pareciam espreitar-nos, silenciosos; até onde a nossa vista podia alcansar, não havia nenhuma casa.
Caminhavamos lado a lado; eu, ao teu lado direito, tinha o braço sobre os teus ombros, como para protegeê-la. Tu usavas um vestido de malha, preto como a noite, o qual nervosamente puxavas para baixo, pois à medida que caminhavas, ele subia deixando deixando à mostra o mais belo par de pernas que já vi, morenas como as rolinhas que encontravamos pelo caminho.
De repente, eu comecei a sentir um desejo quase incontrolável de tomar-te em meus braços e beijar-te sôfrega e ardentemente; mas tu, que durante toda a caminhada, sequer proferiste uma só palavra, demonstrando uma timidez incompreensível para mim, nem uma vez olhaste em minha direção mas mantinhas os olhos fixos naquele horizonte que não existia.
O teu olhar era determinado; parece que só tu sabias para onde estavas indo, e eu, um mero companheiro de caminhada; senti-me então como um lacaio à tua disposiçaõ, como um simples guarda costas.
Mas eu não desisti do meu intento e comecei a elogiar a beleza do teu corpo tentando quase que inultilmente chamar a tua atenção para aquele momento lindo, único, mágico em que podiamos desfrutar de todos os prazeres que um momento assim pode proporcionar, afinal estavamos à sós em plena naureza, longe de todos os olhares curiosos e maldosos; eu escolhia as mais belas palavras para demonstrá-lo...
E nesse exato momento, eu acordei frustrado, pois descobri que havia sido um lindo sonho inconcluído.
- Muitas vezes, quando tudo nos vai bem, parece que a vida nunca tará fim...
Ao lado direito, morros de formas harmoniosas e cobertos de luxuriante vegetação pareciam espreitar-nos, silenciosos; até onde a nossa vista podia alcansar, não havia nenhuma casa.
Caminhavamos lado a lado; eu, ao teu lado direito, tinha o braço sobre os teus ombros, como para protegeê-la. Tu usavas um vestido de malha, preto como a noite, o qual nervosamente puxavas para baixo, pois à medida que caminhavas, ele subia deixando deixando à mostra o mais belo par de pernas que já vi, morenas como as rolinhas que encontravamos pelo caminho.
De repente, eu comecei a sentir um desejo quase incontrolável de tomar-te em meus braços e beijar-te sôfrega e ardentemente; mas tu, que durante toda a caminhada, sequer proferiste uma só palavra, demonstrando uma timidez incompreensível para mim, nem uma vez olhaste em minha direção mas mantinhas os olhos fixos naquele horizonte que não existia.
O teu olhar era determinado; parece que só tu sabias para onde estavas indo, e eu, um mero companheiro de caminhada; senti-me então como um lacaio à tua disposiçaõ, como um simples guarda costas.
Mas eu não desisti do meu intento e comecei a elogiar a beleza do teu corpo tentando quase que inultilmente chamar a tua atenção para aquele momento lindo, único, mágico em que podiamos desfrutar de todos os prazeres que um momento assim pode proporcionar, afinal estavamos à sós em plena naureza, longe de todos os olhares curiosos e maldosos; eu escolhia as mais belas palavras para demonstrá-lo...
E nesse exato momento, eu acordei frustrado, pois descobri que havia sido um lindo sonho inconcluído.
H. Siqueira, 2010.