Abraço

Está frio. Sinto a água, cingindo-me. É como um abraço. Mas, não tão quente quanto o dela.

Dizem que depois que se passa por algo, na próxima vez você estará mais forte, o tombo doerá menos. Mas, este segundo abandono dói muito mais.

Nunca culpei meus pais por me deixarem. Talvez eu fosse para eles como a bola de ferro no calcanhar de um condenado. Ou talvez tenham feito isso para me proteger. Não sei.

Mas ela, não estava comigo por um laço irrefutável; mas sim porque havia me escolhido. Havia visto algo em mim.

Mas agora... Não haverão mais abraços de urso. nem campeonatos de Xbox 360. Nem o silêncio que era preenchido com seu sorriso. Só um silêncio vazio.

Por quê? Só isso ecoava em minha mente quando li a carta. As perguntas tornaram-se raiva. Depois tudo explodiu em dor.

Agora estou sozinho. De novo.

O mar. Me cinge. É como um abraço. Doce; como o dela...Ela...

Fecho as janelas de minha alma. Agora não mais estarei só...

Fecho-me, num abraço...

Jack A
Enviado por Jack A em 26/09/2015
Reeditado em 21/03/2020
Código do texto: T5395423
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