O AMOR REALIZA MILAGRES
 
 Vanessa Lopes e Júlio Noronha são completamente diferentes. Mas em algum momento o destino se encarregará de fazê-las entrelaçadas.
Uma história de amor onde grandes milagres vão acontecer.
 
Vanessa, moça humilde, estudante, com um irmão menor, Rogério, cujos pais sempre trabalharam para criar os filhos, mesmo com a maior dificuldade. Seu Mário é enfermeiro num pequeno hospital, com muitas horas de trabalho e baixo salário e sua esposa, dona Mariana, faz faxina e lava roupas para fora, e no momento encontra-se muito doente.
Vanessa está vivendo dias muito difíceis. Levanta-se cedo, arruma tudo antes de ir juntamente com o irmão para escola. Essa arrumação refere-se a limpeza, refeições e lavagem de roupa. Quando o seu pai sai para o trabalho leva almoço e uma muda de roupa limpa todos os dias,  e a hora da chegada é sempre depois da 20 horas. Assim, realmente tudo fica por conta de Vanessa e Rogério, naquilo que pode ajudar com seus 9 anos de idade.
Dona Mariana está com os rins comprometidos e o tratamento é longo e necessita de medicamentos constantes além de repouso absoluto.
Vanessa, de bom coração, nunca se queixa, e de tudo faz para que tudo em casa esteja sempre bem. Quando chegam em casa, lá pelas 13 horas da escola, há o almoço para esquentar, já que o almoço da mãe é servido pela vizinha, que muito ajuda aquela família.
Em seguida vai para lavagem de roupa da casa e de duas vizinhas, trabalho de sua mãe, que no momento encontra-se impossibilitada de realizá-lo.
Após colocar tudo na corda, inicia o jantar e nos intervalos dedica-se aos estudos e as lições do seu irmão. Quando deita, fecha os olhos por uns momentos, sonhando com uma vida melhor para todos. Mas o seu sonho maior mesmo é com um grande amor, que fica somente no mundo dos sonhos, pois a moça sem tempo para nada, observa a sua volta que os rapazes têm muitos outros interesses que não equivalem aos seus.
Sua única distração é a leitura dos romances, que consegue emprestado das colegas de escola e das vizinhas. Além disso um simples celular que serve apenas como telefone e nada mais. Sem as modernidades da atualidade, Vanessa vai seguindo a vida.
 
Enquanto isso a vida de Júlio Noronha segue do outro lado da cidade, de maneira bem diferente de Vanessa. Empresário riquíssimo, 30 anos, herdeiro de uma enorme fortuna. Além dos negócios, herdou casas e dinheiro dos seus avós, que sempre o criaram como filho, não apenas por ser único, mas por ser rejeitado pelos pais, Ernesto e Felícia Noronha. Ambos fúteis e soberbos, pensam apenas em si e nunca se preocuparam com a vida de Júlio. O pai, por estar sempre pensando em ficar mais rico e a mãe,porque o culpou por estragar o seu belo corpo e impedi-la de aproveitar a vida enquanto estava grávida.
Júlio tornou-se um homem frio, duro, voltado somente para o trabalho. As mulheres em sua vida são brinquedos descartáveis, usadas para o sexo e prazer. Nunca passa uma noite com nenhuma delas. Seus programas, quando terminam, ele nem se lembra do nome delas. O interessante é a quantidade de mulheres que se prestam a esse papel pelo dinheiro e as jóias que podem ganhar.
Esse comportamento delas não ajuda em nada Júlio  a mudar de vida.
Quando chega em casa, o rapaz pensa no seu dia e começa a sentir um estranho incomodo no peito. Como se algo faltasse em sua vida, mas não tem idéia do que seja. Mal sabe o jovem que o destino já está mexendo as engrenagens da vida.
 
Vanessa levantou-se cedo, preocupada com o dia. Hoje será a apresentação de um trabalho da escola para o fechamento do ano letivo. A tarefa resume-se num pequeno projeto para uma grande empresa.
Vanessa e a equipe escolheram um projeto ecológico de economia de materiais recicláveis e materiais gerais e no ônibus quando iam para empresa, as moças conversavam.
-Vanessa, como será que vamos ser recebidas??? ria, nervosa, Poliana.
_Não sei, Poli, mas espero que saia tudo bem, disse rindo também.
As outras duas, Rita e Márcia, com o coração aos saltos, nada disseram.
Nisso o ônibus para no último ponto antes da empresa NORONHA’S CONGLOMERADO e as meninas descem.
A apresentação na recepção logo acontece e são encaminhadas para uma pequena sala, onde o projeto será mostrado para Júlio e sua equipe.
No princípio o empresário foi contra esse tipo de demonstração, mas em se tratando de projetos educativos não poderia se abster em colaborar.
Vanessa entrando na frente, pediu licença, e ao receberem o sim todos entraram na sala.
E assim começa o enlace das histórias de Vanessa e Júlio.
 
 
A princípio ficam mudos e se olhando profundamente, até que Poli dá uma cotovelada na amiga, esperando que fale alguma coisa.
Os sócios de Júlio, Renê e Carlos também olhavam para ela, sem entender o que acontecia.
Finalmente Vanessa destravou a língua:
_Boa tarde, eu sou Vanessa e somos a equipe do Colégio Barão da Torre e viemos apresentar o nosso projeto.
_Eu sou Poliana, eu sou Rita e eu sou Márcia, disseram todas.
_Muito bem, meninas, eu sou Júlio Noronha e os meus sócios Renê e Carlos.
Os três homens com um sorriso acolhedor para elas.
_Vocês podem começar, disse Júlio. Aqui temos o datashow, ao qual vocês podem conectar o seu material de trabalho.
E Rita, que é a responsável pela tecnologia, carregando o notebook, iniciou os procedimentos.
Enquanto isso, Júlio, apenas olhava para Vanessa como se nunca tivesse visto uma moça bonita.
A apresentação começou com Vanessa dando os elementos primordiais do projeto, com referências a economia de materiais reciclados.
O projeto é bem completo, mostrando planilhas com números e valores que surgirão com a economia.
Quando termina sua parte, Poliana e Márcia iniciam sua apresentação com uma brilhante finalização.
Júlio e os sócios ficaram muito satisfeitos com o trabalho da equipe e prometeram analisá-lo com carinho, dando a resposta mais tarde.
 
 
Indo para casa, Júlio levou consigo a gravação do trabalho das meninas e ficou olhando Vanessa por longos minutos, depois tirou o som e ficou vendo apenas sua imagem. Depois, deitou-se e os pensamentos vagaram por horas antes de pegar no sono.
As meninas foram para a casa pensando em qual seria a resposta dos empresários. Vanessa, além da ansiedade com a resposta, não tirava a imagem de Júlio da cabeça e adormeceu pensando nele.
O sonho de ambos foi reconfortante e lindo. Estavam num jardim, com uma grama verde brilhante, salpicada de flores de todas as cores e passeavam de mãos dadas, como namorados apaixonados. O despertar não poderia ser mais decepcionante. Júlio, em sua mansão, solitário, mal-humorado, só acorda após muitas xícaras de café, preto, forte e amargo( horrívellllllllllll).
Vanessa, desperta para luta, onde deixar a casa arrumada e sua mãe bem confortável, além de ir para escola, é a sua eterna e difícil missão.
Assim cada um inicia o seu dia sem maiores esperanças de que algo diferente pudesse acontecer.
Quando chega a empresa, Júlio é avisado pela secretária que as meninas da equipe conseguiram um estágio que lhes ajudará a escolher qual profissão seguir.
Júlio fica satisfeito com a notícia, pois pelo menos assim poderá ver Vanessa todos os dias, sem compromisso que não seja trabalho.
Após esse momento Júlio transformou-se num homem mais feliz.
Quando chegaram na escola, as meninas ficaram sabendo da notícia e muito felizes deram a notícia a todos. As outras colegas, nas outras empresas também foram contempladas com estágios e com bolsas para cursos técnicos.
 
 
No decorrer dos dias da vida de Júlio pouca coisa mudou. Também, para um espécime belíssimo como ele, nada é proibido. Dono de um rosto marcante, de traços fortes, nariz meio torto, como se tivesse quebrado em muitas lutas. Moreno, quase índio, de cabelos lisos, negros como as asas de uma ave e olhos azuis como um mar revolto e um corpo de um deus moreno. E juntamente com a beleza, uma fortuna descomunal.
Todos esses quesitos fazem de Júlio o ideal de todas as mulheres. Assim perseguido por todas elas não precisa fazer nenhum esforço para tê-las em sua cama.
Modelos famosas,  herdeiras a caça de marido, mulheres casadas, solteiras ou separadas são suas vítimas prediletas. Quando inicia um caso,  elas são avisadas para não criarem expectativas, pois sempre são passageiras. Algumas, conformam-se com os mimos brilhantes que recebem; outras, promovem escândalos tristes, que em nada abalam o moço.
Num desses casos em término, Vanessa presenciou a triste cena. Com um documento em mãos para entregar na sala de Júlio, eis que a moça depara-se com uma linda mulher, alta, magra e muito elegante, aos gritos, com os olhos arregalados e irada como uma onça.
_Maldita seja sua frieza, Júlio. Como teve coragem de fazer isso comigo??? Não acha que mereço um pouco mais de respeito???
E a moça ouviu a resposta do patrão.
_Ora, Magda, você é inteligente bastante para saber que não me apego a ninguém e nem quero compromisso algum. Lembra-se do nosso acordo inicial???
_Mas Júlio...choramingava a mulher. Eu me apaixonei por você. E o que faço agora???
_Querida, sua recompensa foi mais suficiente, respondeu o moço, com um sorriso debochado.
A mulher bateu a porta e saiu como uma louca furiosa e ainda esbarrou em Vanessa, que lá estava plantada na porta sem saber o que fazer.
Com o susto e o encontrão, os papéis voaram da pasta e espalharam-se pelo tapete.
Nesse momento, Júlio abre a porta para dar uma caminhada e encontra Vanessa abaixada recolhendo os documentos e ao vê-la, ajuda na tarefa, como se nada tivesse acontecido.
_Entre, Vanessa. O que tem aí nessa pasta?
Uma assustada estagiária respondeu gaguejando:
_São uns documentos que o Sr. Carlos pediu que lhe entregasse, com a recomendação que fossem diretamente em suas mãos.
Júlio, num meio sorriso, divertido, apanhou a pasta da mão da moça.
_Obrigada, Vanessa. Espere um pouco, pois com certeza terá resposta.
Verificando os documentos, Júlio sabia que eram pessoais, seus investimentos particulares, dos quais Renê e Carlos têm partes iguais.
Assinando nas linhas indicadas, colocou os documentos de volta na pasta e entregou-a para a moça.
_Por favor, Vanessa, devolva a pasta para o Senhor Carlos e diga que está tudo de acordo. E continuou a olhar divertidamente para Vanessa.
 
A moça seguiu para sua incumbência ainda trêmula com a cena vista e pela presença perturbadora de Júlio.
Em casa, já deitada, Vanessa ficou recordando o acontecido, pesarosa com a situação de Magda. Como um homem tão bonito e gentil pode transformar-se assim com aquela crueldade??? A moça parecia muito apaixonada!!!
O que Vanessa não podia imaginar é que Magda é rica, modelo e tão fria e desalmada como Júlio, estando apenas despeitada por ter perdido sua fonte de enriquecer ainda mais.
Em casa, Júlio pensava em Magda e Vanessa ao mesmo tempo, fazendo comparações que nunca pensou na vida em fazer, pois a moça estagiária é uma novidade refrescante, que ultimamente não lhe sai do pensamento.
O que sente em sua presença, ele desconhece. Sabe apenas que é algo muito bom. Pela sua cabeça não passa que Vanessa possa ter estranhado a sua atitude com Magda, porque tratar as mulheres como objeto é a sua marca.
 
No dia seguinte, Vanessa e Júlio, pela tarde, chegaram ao mesmo tempo na empresa. Quando a viu, sorridente, o moço chegou até Vanessa. Ela, sem graça e ainda chateada com o acontecimento da véspera, simplesmente o cumprimentou, séria e abaixou a cabeça ao entrar no prédio.
Júlio ficou sem entender nada. Sacudindo a cabeça, incrédulo, seguiu atrás de Vanessa.
Durante o expediente, arranjou vários motivos para que ela fosse ao seu escritório e em todas às vezes a atitude da moça foi a mesma. A atitude de Vanessa começou a irritar Júlio, desacostumado com esse agir nas mulheres do seu convívio, resolveu que antes do término do expediente resolveria a situação a seu favor.
Chamou Vanessa novamente e perguntou abruptamente:
_Você está satisfeita com o seu estágio aqui na empresa?
A moça, assustada, gaguejou:
_S im..porquê?
E Júlio retrucou:
_Porque percebo um certo ar de censura e gostaria de saber o que há?
Vanessa respondeu:
_Eu não tenho direito de criticá-lo, Sr. Júlio.
_Mas eu estou a autorizando a expressar sua opinião.
_Eu fiquei triste com o que aconteceu com aquela moça ontem. Ela saiu daqui chorando. Disse Vanessa, ainda assustada.
_Ah, então foi isso!!! sorriu Júlio, com deboche.
_Você não conhece Magda. Se a conhecesse saberia que tudo aquilo foi um simples teatro para me comover. Rica, mimada e sem nenhum escrúpulo, não gosta de perder nunca. Entre nós houve apenas noites de bom sexo, nada mais.
Não parti nenhum coração nem deixei nenhuma jovem desvirginada e só. Pode ficar tranqüila.
_Peço desculpa, Sr. Júlio, não vai acontecer novamente.
_Agora você pode ir para casa e amanhã conversamos novamente.
Vanessa retirou-se de cabeça baixa e se pudesse nunca mais voltava ali, mas era o seu emprego e ela depende dele para ajudar a família.
 
Com o passar do tempo, Vanessa se acostumou com o comportamento de Júlio e não mais se assustava com as cenas que via, que muitas vezes se repetiram.
Ao mesmo tempo, com o seu salário, passou a ajudar em casa. Sua mãe já recuperada da doença nos rins, voltou ao seu trabalho e tudo começou a entrar no eixo.
Vanessa começou a vestir-se melhor, arrumou o cabelo e passou a sentir-se mais segura em seu trabalho. Notou também que Júlio a chamava menos, mas a observava de longe quando chegava ao trabalho ou mesmo ia entregar algum documento em sua sala.
Essa mudança começou operar também em Júlio. Vanessa não precisou de muitas palavras para mexer com sua cabeça. Passando questionar-se se estaria agindo bem com as mulheres.
Essa mudança, forte e constante, foi fazendo com que se afastasse desse tipo de mulheres e começasse a estar mais só. Saía na noite, mas voltava para casa desacompanhado. Os amigos notaram esse fato, mas ele evitava conversas.
As amiguinhas acostumadas com o farrista, cansavam de telefonar,mas nada conseguiam.
 
 
Um dia, após recusar o quinto telefonema do dia, Júlio ouviu uma batida na porta e sabia que era Vanessa.
Permitindo a entrada, o moço quase caiu da cadeira ao vê-la. Vanessa estava belíssima, com uma maquiagem leve, um vestido de um lilás profundo, num tecido escorregadio, que marcava o seu corpo quando caminhava, um sapato de salto médio,preto, os cabelos em ondas largas de cor de mel profundo. Júlio sentiu sua calça ficar mais apertada e precisou mexer-se na cadeira para ficar mais calmo.
A moça entrou, com um sorriso, e disse que necessitava de sua assinatura nos documentos que seriam enviados imediatamente para as filiais.
Júlio desceu das nuvens e mandou Vanessa sentar.
Estranhando o seu comportamento, a moça sentou enquanto Júlio lia vagarosamente os documentos, mesmo tendo consciência do que se tratava, mas apenas numa estratégia para mantê-la diante dos seus olhos.
Disfarçadamente, em lânguidos olhares, varria o rosto e o busto da jovem, imaginando como seria estar com ela em sua cama.
Vanessa, aguardando calmamente, também o olhava, e seus pensamentos, não tão explícitos, não estavam longe do caminho que Júlio seguia. Mas ao mesmo tempo procurava lembrar-se do que passam as mulheres que cruzam o caminho dele. E também, achava-se inferior ao patrão e nunca poderia imaginar-se como motivo dos seus pensamentos.
Terminada a leitura e a assinatura dos documentos, Júlio empurrando a cadeira como balanço, tomou coragem e perguntou a Vanessa se ela gostaria de sair para jantar.
_Jantar??? Nós dois???
_Sim, nós dois e mais ninguém, disse Júlio sorrindo.
_Não sei, hesitou Vanessa, não sei se devemos...
_Olha, podemos fazer o seguinte. Vamos fazer de contas que estamos nos conhecendo agora e você aceita o meu convite, tudo bem?
Vanessa, ainda na dúvida, disse:
_Olha, podemos fazer uma experiência e ver que vai dar.
Júlio suspirou aliviado e sorrindo disse:
_Tudo bem, Vanessa, vamos fazer do seu jeito. Eu a apanho em casa às 20:30 h.
_Combinado, disse a moça.
 
 
Ao chegar a casa, Vanessa arrumou rapidamente sua parte no trabalho, além de olhar as tarefas da escola, tendo em vista o final do último bimestre na escola. Graças ao projeto premiado, ela e as amigas conseguiram diminuir muito as últimas tarefas, mas algumas matérias precisavam ser terminadas a tempo.
Depois, a dificuldade foi conversar com os pais sobre a saída, principalmente por Júlio ser seu patrão.
A desconfiança deles só foi desfeita, pois, corajosamente, quando chegou, Júlio entrou na casa de Vanessa, sentou-se e pediu a permissão deles para levá-la para jantar.
Sem perceber nada, a moça acabou o banho, arrumou-se e foi para a sala, para perguntar a mãe se a roupa estava boa, levou o maior susto, pois Júlio estava no sofá ao lado do seu pai e sua mãe, enquanto seu irmão assistia tudo pela porta do quarto, meio aberta.
_Vanessa, o Sr. Júlio veio pedir para levá-la para jantar, e assim ficamos mais tranqüilos agora que o conhecemos, disse seu Mário, e dona Mariana assentiu.
_Por favor, eu gostaria que vocês me chamassem apenas Júlio, o Sr. Fica apenas no escritório. Disse o moço com um grande sorriso e acrescentou:
-Vamos, Vanessa???
A moça despediu-se dos pais e o casal saiu para a noite.
 
Após entrar no carro, Vanessa colocou a mão no braço de Júlio, antes que ligasse o carro.
_Olha, quero que você saiba que não costumo jantar fora e muito menos com patrão, por isso não sei onde podemos ir, mas, com certeza, em nenhum lugar sofisticado como os que você costuma freqüentar.
Sorrindo, Júlio, retrucou:
_Vanessa, não se preocupe, vamos num lugarzinho calmo e sem luxo desnecessário. Você vai conhecer uma pessoa que é muito importante para mim. Ela me criou quando a minha mãe morreu. Hoje tem uma cantina deliciosa. Você vai gostar.
A moça sorriu e eles pegaram o trânsito.
Chegaram na Cantina Fiori e a mama Alegra os recebeu com um grande abraço.
_Mama, disse Júlio, essa é Vanessa, minha amiga e estagiária da firma.
_Seja bem-vinda, minha querida, disse a mama, sorridente.
_Obrigada dona Alegra, pelo carinho.
_Nada de dona, apenas mama, como todos me chamam. Vamos sentar. Já vamos servir uns petiscos, enquanto vocês aguardam o prato da noite.
O interior da cantina é belíssimo, com painéis alusivos à Itália.
Enquanto comiam um queijo com vinho, a famosa macarronada da mama foi servida na outra mesa.
O casal saboreou o jantar e a sobremesa especial que a mama preparou com carinho.
Após o jantar o casal despediu-se e foram caminhar um pouco.
 
_Vanessa, há muitos dias quero conversar com você. Por isso a convidei para jantar.
Quero que saiba que nunca levei nenhuma mulher na cantina da mama. Lá é um lugar muito especial, da minha família e somente pessoas especiais eu deixo que conheçam.
_Puxa vida, Júlio, eu me sinto envaidecida com sua consideração. A mama é um doce de pessoa.
_Vanessa, eu gostaria de ser seu amigo, inicialmente. E quem sabe um dia algo mais. O que você acha disso???
Vanessa ficou muda, sem saber o que dizer. Respirou fundo e respondeu.
_Júlio, eu sou uma moça pobre, sem sofisticação. Não sei nem a metade das coisas que suas amigas ricas e belas...
Júlio colocou a mão sobre a boca de Vanessa para impedi-la de continuar e aproveitou a hesitação para beijá-la docemente. Um selinho calmo e gostoso que levou uma pequena descarga ao corpo da moça.
Como sentiu que ela não reagiu negativamente, abraçou-a mais forte e intensificou o beijo.
Ao separar os lábios, eles permaneceram abraçados, com a respiração forte e intensa. A emoção os fazia querer mais.
Finalmente, Vanessa sentiu-se mais forte para terminar o abraço e disse a Júlio que precisavam ir embora.
Ele sorrindo, satisfeito, tomou a sua mão e foram para o carro.
Chegando em casa, novos beijos foram trocados e o casal queria que o mundo parasse ali.
 
Desde esse jantar, Júlio e Vanessa não se separaram mais. Júlio transformou sua vida através do amor.
É a prova de que O AMOR REALIZA MILAGRES
 
FIM 


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
Regina Madeira
Enviado por Regina Madeira em 28/08/2015
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