A FESTA
Quando se conheceram, a paixão reverberou todas as ondas luminosas,inaudíveis e caloríficas num único encontro casual.
Ambos exímios mestres, em artes cênicas ,não explicitaram
o vulcânico anseio, que fervilhava no turbilhão sísmico da hora.
Mas a vontade jupiteriana ,os transportava para a ribalta,
onde uma série de luzes à frente , protagonizavam os dois,
sobre o palco de um novíssimo sentimento hino/cente e profundo.
Tudo estava impresso na fala , na cordialidade mútua.
A arte gráfica passional havia publicado, o mais surpreendente dos romances, cujo estilista destino resolveu de maneira notável,
discursar com todo vigor e elegância, a história daquele possível casal.
A alacridade do ambiente, o multicolorido das cores , a beleza da festa com sua animação flash ,misturava os sons agradáveis na
composição suave daquele acontecimento noturno.
Porém, mais frenético do que os corpos, que sacolejavam seus ritmos
dissonantes , estava a filarmônica silenciosa e majestática,
que envolvia com seu manto sublimar os enamorados.
Era a violação da película tênue e diáfana da descoberta;
a ruptura do ineditismo de uma travessia, capaz de fazer a vida dialogar intrinsecamente de igual para igual.
A festa , portanto , apenas coadjuvante...
Em meio sorrisos, comidas, conversas e pessoas ,vibrava aquela frequência emitida, como clarões de trovoadas, que acendem
o rosto cinéreo do imensurável firmamento.
Os jovens sensíveis visitados pela contemplação ,
a partir daquele dia juntos, e amanhã certamente eternos receptores.