A FESTA

Quando se conheceram, a paixão reverberou todas as ondas luminosas,inaudíveis e caloríficas num único encontro casual.

Ambos exímios mestres, em artes cênicas ,não explicitaram

o vulcânico anseio, que fervilhava no turbilhão sísmico da hora.

Mas a vontade jupiteriana ,os transportava para a ribalta,

onde uma série de luzes à frente , protagonizavam os dois,

sobre o palco de um novíssimo sentimento hino/cente e profundo.

Tudo estava impresso na fala , na cordialidade mútua.

A arte gráfica passional havia publicado, o mais surpreendente dos romances, cujo estilista destino resolveu de maneira notável,

discursar com todo vigor e elegância, a história daquele possível casal.

A alacridade do ambiente, o multicolorido das cores , a beleza da festa com sua animação flash ,misturava os sons agradáveis na

composição suave daquele acontecimento noturno.

Porém, mais frenético do que os corpos, que sacolejavam seus ritmos

dissonantes , estava a filarmônica silenciosa e majestática,

que envolvia com seu manto sublimar os enamorados.

Era a violação da película tênue e diáfana da descoberta;

a ruptura do ineditismo de uma travessia, capaz de fazer a vida dialogar intrinsecamente de igual para igual.

A festa , portanto , apenas coadjuvante...

Em meio sorrisos, comidas, conversas e pessoas ,vibrava aquela frequência emitida, como clarões de trovoadas, que acendem

o rosto cinéreo do imensurável firmamento.

Os jovens sensíveis visitados pela contemplação ,

a partir daquele dia juntos, e amanhã certamente eternos receptores.

CARLOS HENRIQUE MATTOS
Enviado por CARLOS HENRIQUE MATTOS em 31/07/2015
Reeditado em 07/10/2015
Código do texto: T5330210
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