Janeiro
Era início de janeiro quando o vi pela primeira vez. Antes disto foram muitas e muitas entregas e declarações pessoais, algumas íntimas e envergonhadas. Janeiro despontava no cenário atípico se é que pode se dizer assim, a história de amor. Nada convencional o janeiro!
Foram dias antecedentes que alimentou a fome construída por nós mesmos. E naquela rodoviária triste e sem cor tudo colorido se fazia. Deliciamos um dia inteirinho falando sobre a vida, problemas, conquistas e sonhos. Janeiro irradiava naquele banco de cimento da lagoa.
Foi quando então o recebi gostoso em meu ser. O dia tornou-se pequeno diante de tantos assuntos, o amor nasceu num banco de cimento da lagoa e morreu horas depois quando me atrevi do sonho despertar e entender os meses que antecederam a janeiro.