Eterno!
Ela:
Saudade daquele dia quando chegaste de repente!
Embriagada com o cheiro do teu perfume que com ondas
De ventos soprava nas minhas narinas trazendo a mim
A serenidade de o teu lindo olhar.
Lembranças do teu sorriso, mais lindo ainda!
Da tua presença a me admirar, sem me tocar...
Como por encanto me estudando – detalhes num pequeno espaço
De tempo; mas que para nós eternos – infinito!
Sim: contentamento – revivendo ternos momentos tão desejados,
Esperado mas não realizado. O tempo, porém nos distanciou...
Uma vaga inquietude se instalou na noss’alma parados ali
– Olhos nos olhos num profundo silêncio... Corações arfantes.
Pensar que tudo em nós estava como antes!
Mas naquele instante um vazio tomou conta de mim:
Por não poder viver as coisas belas de um passado distante.
Ela e Ele:
Passado o impacto da emoção – pegamos em nossas mãos...
Quão gélidas (tremulas), ora sorrimos... Ora choramos...
Quase juntos perguntamos: como vai você? Mais uma vez sorrimos!
Outra vez, em êxtase de um silêncio... Quebrado o silêncio.
- Ele: Eu nunca te esqueci. Para sempre eu irei - te amar!
- Ela: lágrimas incontidas lambiam a minha face, num soluçar também quis falar.
Mas não deu tempo! Ele se foi sem dizer adeus, deixando-a ali parada... Quase falando ao vento... Para sempre... Eu... Irei... Te amar! ... Mais uma vez partiu sem a beijar e eternizar.