A DAMA DA NOITE

O AMOR QUE SANGRA COMO NAVALHA

O despertar do Ódio

Já há dias, que seu amado não aparecia em sua casa. Sua paixão só crescia. Toda noite nos encontros de piões no curral a beira da fogueira Ritinha com sua malicia de menina mulher seduzia Arturzinho. Com seu rebolado. Ritinha sempre fugia com o rapaz deixando para trás seu lenço que misturava o cheiro de fumaça suor e perfume. Ele passava noite cheirando. Na manhã seguinte assim que abriu os olhos Arturzinho foi atrás da morena que não lhe saia do pensamento.

Arturzinho – Não aguento mais sua malicias.

Ritinha- Que malicias eu só danço pra fogueira. Ela me aquece, não é como certas pessoas que só ficam de olhar e não fazem nada.

Arturzinho - Não faço nada porque você não quer. vamos lá pra usina velha onde brincávamos quando criança hoje a noite.

Ritinha- Lá onde você já me chamava, como era mesmo?

Perna de alicate ,nega maluca, lagartixa...

Arturzinho- Era coisa de menino eu era muito burro pra não ver sua beleza. Vamos você não vai se arrepender. Levo flores colônia francesa pra você. Não seja chata vamos logo.

Ritinha – Vou pensar no seu caso se você merecer, seu bobo...

Arturzinho – Que maravilha você nunca mais vai esquecer esta noite!

Rita com as pernas tremula com o beijo que sonhara há muito tempo. O resto do dia parecia não ter fim. Sem comer e muito ansiosa que a noite chegasse logo. Penteou os cabelos varias vezes passou batom tanto que quebrou.

Enfim, a noite colocou o vestido saiu sem seus pais notarem, pois passou o dia todo em seu quadro. Os pais pesando que esta acamada.

Saiu pela janela.

Chegando à usina de longe avistou Arturzinho que demostrava um inquietação tremenda.

Arturzinho – Nossa que demora pensei que não vinha mais?

Ritinha – Aqui estou que você tanto quer comigo?

Arturzinho – olha as flores e a colônia que prometi.

Ritinha – Tomara que não seja da madrinha

Arturzinho – Não essa é para você.

Ritinha – Que mentira! Você não pensou em mim nem um minuto em seus estudos, nas carta nada pra mim você falava.

Arturzinho – Eu fiquei com medo do pai ,você sabe bem que ele não gostava de nossa amizade, me dê um beijo mereço deixe de amolações.

Ritinha – Só um beijo pois tenho que voltar antes que o pai note que não estou na cama.

Arturzinho concordo. Mas logo que pôs Ritinha nos braços não se contentou com apenas um beijo. Em um ato desesperado tirou sua inocência como muita brutalidade. Jogou fora seu sonho em ser noiva,se casar na igreja. Ela lutos, mas após alguns minutos de luta ficou paralisada só com seus pensamentos...

Em segundos seu amor virava ódio e raiva de si mesma Arturzinho sem remorso aproveitou as horas sem piedade.

Falou a ela muitos desaforos e se foi sem olhar para trás.

Ritinha sem falar uma palavra foi ao rio se banhar e notou que a lua estava vermelha como seu sangue e o rio chorava pois, suas lagrimas amarguraram seu coração voltou pra casa. Agora era uma mulher sem coragem de como ia continuar a vida...