Um jogo de amor entre a sorte e o azar
Um jogo de amor entre a sorte e o azar
Um dia me apaixonei pelo amor, que com desprezo me deixou a saudade e uma contradição entre o bem amar e o mal amar na esperança de ser amado.
Num momento de sorte, ela surgiu na minha vida com seus olhos castanhos me encurralando num romance entre a sorte e o azar. Foi aí que propus a ela um duelo no amor.
Peguei uma moeda e falei:
- Cara é sorte e coroa é azar. Vamos ver o que você pega?
Joguei a moeda para o alto rodando, rodando, rodando e quando caiu ela a pegou no alto. Conferiu o resultado na palma da sua mão e não me mostrou falando:
- Vamos jogar! Você quer cara ou coroa?
- Cara!
Ela jogou a moeda para o alto e a moeda girou, girou, girou caindo em sua mão. Ela conferiu o resultado e falou:
- Você perdeu!
- Me dê essa moeda! Eu vou jogar para o alto e pegar.
Joguei a moeda para o alto, a moeda virou, virou, virou e quando caiu na minha mão, conferi o resultado. Perdi! Deu coroa.
-Vamos fazer um jogo de amor entre a sorte e o azar?
- Vamos!
- Se você acertar ganha um beijo.
Ela jogou a moeda para o alto girando e quando caiu em sua mão, ela falou:
- Você perdeu! Vamos jogar outra vez, se você acertar ganha um abraço gostoso.
Ela jogou a moeda girando para o alto novamente, quando caiu pegou-a no ar.
- Deu coroa! Você perdeu de novo.
- Então quero jogar tudo! Se eu perder, perco você para sempre.
- Você tem certeza desse duelo, pois pode perder!
- Nesse namoro entre a sorte e o azar, eu tenho certeza que a sorte está do meu lado.
- Mas! Se perder não terá outra chance.
-Então faremos o seguinte: Vamos mudar as regras do jogo. Se eu acertar perco e se eu errar ganho.
- Então vamos jogar.
- Eu quero cara!
Ela jogou a moeda para o alto e quando pegou falou:
- Deu cara! Você ganhou e me perdeu.
O jogo acabou. A sorte foi embora deixando o azar para trás sozinho e abandonado, pois ninguém queria ficar com ele.
Paulo Ribeiro de Alvarenga
Criador de vaga-lumes
Iluminando Pensamentos