Paixão no Cais
Todos os dias, os barcos desembarcavam no cais do Delta do Parnaíba, muitas vezes cheio de esperança, pois traziam consigo o sustento eram peixes, caranguejos e outros pescados que movia grande parte da economia da cidade.
Carlos era um pescador jovem, 23 anos, moreno alto e de corpo atlético, cabelos encaracolados, sua presença deixavam as mulheres suspirando, ainda mais que sua presença sempre era notada pelo fato de andar sem camisa. Era a primeira vez que estava na cidade de Parnaíba, pois era viajante, deixava peixes nas cidades litorânea do Brasil, acredita-se que nem mesmo o rapaz lembrava-se de onde vinha.
Perto dali, encontrava-se a “Casa de Lena”, era um prostibulo que existia nas proximidades do cais, ponto bem estratégico por sinal, visto que muitos homens passavam por ali. Madame Lena como era conhecida Maria Madalena, era uma senhora de 40 anos que cuidava do local.
Priscila era filha de Lena, uma jovem de 18 anos, cabelos longos e castanhos, uma morena tipicamente nordestina, que deixava os homens “babando”. Como atingira a maior idade, deveria iniciar na casa de sua mãe. Para ela, não era estranho a ideia, visto que suas irmãs já estavam a certo tempo neste ramo.
Certa noite, Priscila estava andando pela praia, ao entardecer, o sol se pondo deixava um tom amarelado em torno da praia. Ela acaba encontrando o jovem Carlos, que estava se preparando para partir. Parece mágico o encontro de ambos, iniciam uma longa conversa que acaba cos os dois deitados nos fundos do barco, os outros pescadores ainda não haviam chegado. Ali, amam-se intensamente. Para Priscila, sua primeira vez.
Priscila conta toda sua vida para Carlos após seu momento de amor, ele indaga, o porque ela não resistia essa vida, nem entrava, já que ainda não havia vendido seu corpo. A jovem olha nos olhos do rapaz, promete fazer isso, o que ela desenvolveu pelo rapaz, era algo forte. Após esse momento, o rapaz volta para sua vida errante, nunca mais Priscila o veria.
Priscila mudou de vida. Bateu o pé na parede e como o tem tornou-se enfermeira. Sempre que podia, ela ia a praia, não para tomar sol, ou para nadar, mas a espera daquele navio, onde seu grande amor estava, aquele amor que a livrou de uma vida insana e sem objetivos.