Não me acorde (capítulo 8)
Dia tranquilo, Viktor não tinha sonhado com a moça, e não era dia de folga. Viktor tomou seu banho, se arrumou, e saiu para o trabalho, como de costume.
No caminho do trabalho, Viktor avistou a Pop Pizzas de novo...
— Hmmm, Pop Pizzas. Bom, estou com tempo, vou dar uma passada por lá novamente. Mesmo não tendo nada, foi bom receber aquela nostalgia, vou dar mais uma olhada.
Ao entrar, Viktor viu que Meladie não estava por lá, então decidiu andar um pouco pela lanchonete.
Ele, andando por um corredor que dá ao banheiro, começou a pensar nos tempos mais antigos. Lembrou que gostava de ir ao banheiro só pra lavar as mãos, gostava da água meio espumante da torneira...
...
— Acho melhor não entrar aí, está podre.
— Aaaahh!
— Hahaha!
— Que susto! Achei que não estivesse aqui...
— Pois é, estou... Na verdade, venderam essa lanchonete, vão destruir e fazer outra coisa, se não me engano.
Meladie não estava perdendo muita coisa, a lanchonete estava um caco.
— Mas e você? O que vai fazer?
— Ah, garoto... eu já estou muito velha pra me preocupar demais com a vida. Vou viver até onde posso. Tentar arrumar algum empregozinho, continuar na minha casinha, vendo os passarim voando por cima dos fio... sabe?
— Hmmm. Entendo, espero que a senhora consiga viver bem. Aliás, qual seu nome?
— Meladie.
— Ah, sou Viktor. Prazer.
— Prazer - falava ela ainda com sua voz de bruxa impaciente, apesar de não estar sendo antipática.
— Nossa, preciso ir, senão me atraso, até mais, Meladie.
— Até.
Viktor sai da lanchonete um pouco comovido com a história de Meladie, mas tenta não se preocupar tanto, já que ela parecia bem tranquila.
— Bom, vamos trabalhar que hoje vou fazer uma pequena viagem ao outro lado da cidade.
Viktor foi um dos chamados pelo gerente para fazer alguns testes de administração em alguns computadores de uma pequena empresa no outro lado da cidade.
Correu tudo bem, deu tudo certo, mas Viktor com certeza não esperaria o que estava pra acontecer...
Na volta, dentro do ônibus da empresa, Viktor passou do lado de uma praça, e nessa praça viu uma moça sentada num banco.
Essa moça era idêntica, simplesmente idêntica à moça dos seus sonhos. Só podia ser ela...
A "Senhorita V".