O AMOR QUANDO ACONTECE É SIMPLESMENTE LINDO!
Por: Tânia de Oliveira
Ela se chamava Dona Carminha e morava sozinha na esquina da Padaria Central. Havia muito ficado viúva, os filhos casaram, se foram e ela ficou só com sua mania de plantas. Todo dia caminhava até o supermercado pra comprar legumes frescos e aproveitava pra tomar um banho de sol saudável.
Naquele dia aconteceu algo inusitado. Resolveu arranjar um “olhinho” do pé de jasmim daquela casa sem muro que sempre estava fechada. Mas que surpresa quando já estava a concluir, o dono da casa apareceu no alpendre e disse bondoso: - deixe que te tiro um com raiz mais profunda pois jasmim manteira é difícil de pegar com galhinhos.
Ela desculpou-se envergonhada mas ele gentilmente desfez o embaraço convidando pra ela pegar um saco plástico e colocar também um pouquinho de terra.Ela seguiu o senhor cozinha a dentro. Pode observar tudo muito limpo, e na sala uma estante exibindo o que ela mais adorava, a coleção completa de Shakspeare. Há... ele tem “Sonho de Uma Noite de Verão”, pensou ela!
Senhor Gustavo era um Professor de Literatura aposentado, viúvo cujos filhos estavam todos casados e ele solitário adorava ler e cuidar do jardim. Passava seus dias cuidando das magnólias que enchia de perfume seu jardim.
Como eram parecidos! Foi amor a primeira vista. Logo estavam conversando, tomando café discutindo autores estrangeiros e brasileiros e sobre bigônias, pé de romã, beleza e veneno do Trombetas de Anjos e sobre plantas medicinais.
Descobriram que ambos adoravam massas, biscoitos finos. Gostavam também de Poesias, de sorvete e picolé de coco, e comidas de milho. Eram pouco conservadores, poucos formais, mais um pouco tradicionais. Ambos eram calmos, finos e ecologistas. Passavam, após aquele encontro, horas conversando. Ora no jardim da casa dele, hora na cozinha da casa dela. Depois no quarto.
Dois meses depois estavam casados, em Londres passeando sobre o Tâmisa cantarolando Caetano com London London, vestidos de roupas de frio e trocando mil carinhos e fazendo amor debaixo dos lençóis bordados do Hotel The Shard.
Nunca entenderem como a magia daquela união aconteceu tão rápido dentro de uma clima de tanta afinidade e cumplicidade! Foi tudo tão rápido que o matrimônio deles surpreenderam os filhos de ambos.
Só de uma coisa estavam certos: foram feitos um para o outro. O passado? Nem lembravam que existiu um dia. Lembram a todo momento que foram agraciados com a dádiva do amor eterno. E isso sim valia tudo!
Por: Tânia de Oliveira
Ela se chamava Dona Carminha e morava sozinha na esquina da Padaria Central. Havia muito ficado viúva, os filhos casaram, se foram e ela ficou só com sua mania de plantas. Todo dia caminhava até o supermercado pra comprar legumes frescos e aproveitava pra tomar um banho de sol saudável.
Naquele dia aconteceu algo inusitado. Resolveu arranjar um “olhinho” do pé de jasmim daquela casa sem muro que sempre estava fechada. Mas que surpresa quando já estava a concluir, o dono da casa apareceu no alpendre e disse bondoso: - deixe que te tiro um com raiz mais profunda pois jasmim manteira é difícil de pegar com galhinhos.
Ela desculpou-se envergonhada mas ele gentilmente desfez o embaraço convidando pra ela pegar um saco plástico e colocar também um pouquinho de terra.Ela seguiu o senhor cozinha a dentro. Pode observar tudo muito limpo, e na sala uma estante exibindo o que ela mais adorava, a coleção completa de Shakspeare. Há... ele tem “Sonho de Uma Noite de Verão”, pensou ela!
Senhor Gustavo era um Professor de Literatura aposentado, viúvo cujos filhos estavam todos casados e ele solitário adorava ler e cuidar do jardim. Passava seus dias cuidando das magnólias que enchia de perfume seu jardim.
Como eram parecidos! Foi amor a primeira vista. Logo estavam conversando, tomando café discutindo autores estrangeiros e brasileiros e sobre bigônias, pé de romã, beleza e veneno do Trombetas de Anjos e sobre plantas medicinais.
Descobriram que ambos adoravam massas, biscoitos finos. Gostavam também de Poesias, de sorvete e picolé de coco, e comidas de milho. Eram pouco conservadores, poucos formais, mais um pouco tradicionais. Ambos eram calmos, finos e ecologistas. Passavam, após aquele encontro, horas conversando. Ora no jardim da casa dele, hora na cozinha da casa dela. Depois no quarto.
Dois meses depois estavam casados, em Londres passeando sobre o Tâmisa cantarolando Caetano com London London, vestidos de roupas de frio e trocando mil carinhos e fazendo amor debaixo dos lençóis bordados do Hotel The Shard.
Nunca entenderem como a magia daquela união aconteceu tão rápido dentro de uma clima de tanta afinidade e cumplicidade! Foi tudo tão rápido que o matrimônio deles surpreenderam os filhos de ambos.
Só de uma coisa estavam certos: foram feitos um para o outro. O passado? Nem lembravam que existiu um dia. Lembram a todo momento que foram agraciados com a dádiva do amor eterno. E isso sim valia tudo!