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Tomei um copo de café porque a enxaqueca pesava. Alguns comprimidos perdidos na gaveta ajudaram a agonia de uma longa noite que anunciava não acabar.
Pensei em ligar para Xis, mas certamente não me atenderia, uma vez que são duas da manhã. Quem em plena terça- feira estaria acordado? Certamente uma jovem de vinte e um anos que não consegue dormir, eu.
Minha única companhia no momento é Ulisses, meu gato de estimação. Até Ulisses tem seus momentos em que “cair nos braços de Morfeu” é imprescindível. Sinto-me excluída desta sociedade, a sociedade dos indivíduos que sentem sono e consegue dormir. Até que o sono me assola, claro que o estresse matinal de um emprego nada inspirador auxilia meu cansaço, mas não é o bastante para pregar os olhos.
Talvez o acúmulo de sonhos transborde por meus olhos e o impeça de fechar. Talvez…