Acordando
Eu costumava pular cada vez mais alto, tentando alcançar o céu. E ele surgiu, um príncipe sem reino.
Com seus braços afastou a escuridão e me deu segurança. Vivíamos num sonho perfeito com defeitos. Ele foi o primeiro a me amar e o primeiro que amei.
Cada beijo e cada toque eram sagrados e apenas fizemos um pedido. Que o tempo parasse. Arrebatou minha infância, mas ambos eram crianças.
Então meu mundo começou a sangrar quando tentamos crescer rápido demais, os fantasmas voltaram clamando por vida.
Agora terei que dizer adeus ao único homem que amei. Terei que assisti-lo partindo, levando meu coração para longe. No, fim você tinha razão, nada dura para sempre.
Quando penso que não o terei mais as lagrimas correm como um rio que não pode me consolar.
É como se alguém apagasse a luz e dissesse que não posso mais respirar. Agora é tarde demais quando já bebemos o ultimo gole do veneno.
A inexorável realidade matou o sonho, o vazio corrói minha alma. E só o que devo fazer é acordar e viver.