FRAGMENTOS DE UM CONTO DE AMOR. (XXXVII)
DEPOIS DE VASCULHAR O CÉU NOITE A DENTRO, O POETA VEIO DORMIR NOS PRIMEIROS RAIOS SOLARES E TEVE UM SONHO: VÁRIOS RELÓGIOS POR TODAS AS PARTES DA SUA CASA: PAREDES, TETO, PELO CHÃO. OS PONTEIROS SALTAVAM DA FACES DA MÁQUINA DO TEMPO QUE MARCAVAM 12 HORAS OU MEIA-NOITE? ESSA ERA A DÚVIDA DELE. ENTÃO , PERGUNTAVA AOS PONTEIROS , QUE PULAVAM PARECENDO CASAIS DE FOLIÕES EM PLENO CARNAVAL BAIANO AO MEIO-DIA DE SEGUNDA-FEIRA, " MEIA-NOITE OU MEIO-DIA?" E OS PONTEIROS PULANDO FRENETICAMENTE, APENAS RIAM. LOGO EM SEGUIDA LHE VEIO UMA IGREJA, UM PESCADOR BARBUDO . NO ALTAR, UMA GRANDE MESA COM UM BANQUETE. NUMA DAS CABECEIRAS DA MESA ESTAVA ELA, A MOÇA BONITA. NA OUTRA , ELE , O POETA. O VELHO PESCADOR OS SERVIA. APÓS SABOREAR A FARTA MESA, JUNTAMENTE COM A MOÇA BONITA, O POETA ACORDOU DO SONHO OFEGANTE E VIU CLIPES ESPALHADOS PELO CHÃO DO SEU QUARTO, QUE HAVIA CAÍDO DO CRIADO MUDO, CATANDO-OS , COLOCANDO NUMA CAIXINHA, BOCEJANDO, FEZ CONJECTURAS : " UM BANQUETE É SERVIDO GERALMENTE AO MEIO-DIA! BANQUETE NUMA IGREJA?... - O POETA CAIU EM SI - CADA SONHO QUE A GENTE TEM!... SÓ FREUD PRA EXPLICAR!"