Paty e o Peixeiro
Trabalhando na feira-livre João o peixeiro era discriminado pela maioria do bairro, como o preconceito está por toda parte, no ônibus deixavam o banco ao lado dele vazio, na rua ouvia dizer lá vem o cheiroso. João não tinha lugar tranquilo para viver e se sentia cada vez mais desolado. Numa manhã, João viu uma linda moça chegar a sua barraca. Uma conversa interessante sobre a qualidade dos peixes, outras informações sobre valores calóricos, a importância da ingestão do alimento. Foi nascendo assim uma espécie de teia de relacionamento entre ambos. Logo depois a moça o convida para fazerem um lanche. Por muito tempo as amigas de Paty zombavam. A tarde ele chegava, perfumado de banho tomado. E tudo se transformava.