Hitler E Sua Amada Capítulo 10
Geli acordou no meio da noite banhada de suor, o coração parecendo querer sair pela boca... acendeu a luz de cabeceira e ficou um instante recuperando o fôlego escondida entre os travesseiros, batendo queixo como se estivesse com febre alta. Tivera um pesadelo horrível...sonhara que estava grávida e em trabalho de parto e gritava com dores alucinantes, perdendo muito sangue... até que apareceu Elfriede, roxa e com a língua dependurada, o pescoço inchado, morta, enforcada, mas mesmo assim viva... e começou a puxar de dentro dela uma imensa serpente com dois chifres... e quanto mais Geli gritava, mais ela ria...
A moça tentou recuperar o sangue frio. Tudo não passara de um sonho mau, fruto daquela escandalosa cena que acontecera dias atrás. Geli repetia a si mesma que estava tudo bem...sua mãe não acreditara em nada...Elfriede estava morta, enterrada como suicida num canto qualquer da floresta... e ela e seu tio Adolph, ah, eles estavam cada vez mais felizes...
Somente de pensar nele, que ainda devia estar acordado no escritório, Geli sorriu e sentiu um calor gostoso invadir-lhe o corpo. Agora que aquilo acontecera, precisavam tomar cuidado redobrado... Geli saiu da cama, vestiu o robe de seda vermelha e foi até a janela apreciar a noite. Como Elfriede descobrira? Eles sempre haviam tomado tanto cuidado...Geli lembrava de como Adolph se transfigurara naquele dia, mostrando um lado severo e cruel que ela até então desconhecia. Nem parecia a mesma pessoa...mas Elfriede a ofendera! Aquele pesadelo devia ter sido causado porque, por mais cuidados que tivessem, Geli morria de medo de engravidar. Se sua menstruação atrasava um dia que fosse, ela ficava aterrorizada...
Logo se casariam e tudo estaria bem, pensou Geli, ainda tremendo de frio e com a lembrança do sonho. Ela queria ver seu tio, precisava dele naquele momento... sua mãe tinha sono pesado. Geli desceu as escadas de pés descalços e entrou sem bater no escritório de seu tio.
Ele estava rabiscando uma página, e ao vê-la sorriu e largou tudo.
- Geli! - disse baixinho. - E sua mãe?
- Ela tem sono pesado. - disse Geli, girando a chave na fechadura e indo sentar-se no colo do tio. Ele a enlaçou e começou a acariciar seu corpo, cheio de desejo.
- Meu amor... meu anjo...
Ambos estavam consumidos pelo desejo, não haviam mais feito amor desde aquele dia.
- Estou com medo, tio...tive um sonho horrível...
- Sonhos são apenas sonhos, querida... - disse Adolph procurando sua boca. - Eu sei, foi aquela maldita...mas não pense mais nisso...ela já está debaixo da terra...
- Como ela descobriu?
- Não sei, com certeza vivia nos espionando...- respondeu Adolph recuperando por um momento aquele olhar duro que impressionara Geli. - Scheibe! Mas não pense mais nisso, meu anjo, ela está morta e essas duas criadas que vieram agora são de minha absoluta confiança...
Gretl e Anne haviam chegado dias antes. Geli remexeu-se no colo de seu tio e sentiu que ele já estava duro. Seu corpo macio e perfumado estremeceu também, mas agora, de desejo... beijaram-se, ele enfiou os dedos por entre as mechas macias de seus cabelos, mordeu-lhe o pescoço, depois a fez deitar sobre o tapete de couro de vaca e a despiu, tendo mais uma vez aquela visão maravilhosa de uma deusa nórdica perante os olhos. Era loucura fazer amor assim, com Angela dormindo lá em cima, mas não podiam se controlar...
- Geli... - ele murmurou acariciando-a. - Se um dia eu perdesse você, eu morreria, meu amor...
- E se eu perdesse o senhor... - respondeu Geli - Eu morreria também.
- Como eu pude me apaixonar tanto? - ele disse de repente, contemplando-a. - Então Geli o puxou para si, o prendeu entre suas pernas, quase gritou ao senti-lo lá dentro, bem no fundo...
Naquela noite ele gozou dentro dela. E Geli dormiu satisfeita e feliz, sem lembrar mais do pesadelo que tivera...