Monólogos de um relacionamento que não existiu

Dani! Dani!

Como pode ser tão linda, como eu posso ser tão bobo, não consigo nem falar oi sem começar a suar, me chaga a doer de tão nervoso que fico só de me imaginar falando com ela.

Preciso superar isso meu Deus. Hoje tem aula de educação física, tenho chances de conversar, mas sobre o que posso falar? Será que ela gosta de Dragon Ball? Será que ela torce pelo Flamengo? Não deve torcer, até porque se ela torcesse pelo menos um adesivo no estojo ela colaria, se não que torcedora de meia tigela é essa que nem um adesivo tem? Eu que não namoro uma torcedora dessas, não mesmo!

Pior! E se ela torcer pelo Fluminense? Meu pai não vai querer ela em casa, E NEM EU!

Mas acho que não, ela pode não gostar de futebol e eu aqui pensando essas coisas, pobre coitada!

Já sei vou falar de filmes, toda garota gosta de algum filme! Vou falar sobre o filme novo do Duro de Matar ou daquele de Zoombie, porque já vou logo avisando que odeio comédia romântica, ela que não me venha com filminho desse tipo que eu nem começo esse namoro, NÃO MESMO! Imagine, o que meus amigos vão falar? Eu, indo no cinema ver aqueles vampiros que brilham! NUNCA!!

--- Bruno??

--- QUE, QUE FOI DANI?? JÁ FALEI, ATÉ TOPO UM CINEMA, MAS NÃO VOU EM FILME DE VAMPIRO QUE BRILHA!!!!

E assim eu comecei, com 12 anos, a perder as chances com todas as mulheres da minha vida!