Hitler E Sua Amada Capítulo 3
O dia nasceu azul outra vez. Geli acordou feliz e cheia de vida como um passarinho. Na cozinha havia um cheiro delicioso de café, pão recém saído do forno, maçã e canela. Angela assava uma torta de maçã, o doce preferido se seu irmão. Geli tomava café com leite e comia pão com schimier de morango.
- Tio Adolph já acordou? - perguntou.
- Sim, está no escritório trabalhando em seu livro. - respondeu Angela. - Geli, depois que você acabar de comer pegue o espanador e vá tirar o pó da sala de visitas.
- Está bem. - disse Geli, e saiu com o espanador de pó.Ela atara um lenço estampado na cabeça para não sujar os cabelos. A sala de visitas era enorme e cheia de móveis. Geli cantarolando começou a espanar alguns bibelôs. Depois olhou para cima e notou que o lustre estava cheio de tenhas de aranha. Subiu numa cadeira e começou a limpar. A porta do escritório se abriu lentamente...
Adolph contemplava a sobrinha encantado. A brisa que vinha da janela erguia um tanto a saia da moça, mostrando parte de suas pernas bem torneadas. O mesmo calor da véspera percorreu o corpo dele. Era filha de sua meia- irmã, mas ele estava louco por ela. Foi se aproximando por trás da cadeira.
- Geli, você vai cair!
- Tio Adolph! - exclama Geli, e quase desaba da cadeira. Ele rapidamente a pega pela cintura, afundando os dedos na carne macia. - Ai, tio, que susto...
- Geli, tenha cuidado...
Adolph continuava a segurá-la. Os dois respiravam forte, as mãos dele começaram a percorrer os quadris e depois ergueram mais a saia de Geli, deslizando por aquelas coxas acetinadas. Ela sai correndo morta de vergonha. Adolph desaba numa cadeira próxima, banhado de suor e sentindo uma ereção dolorosa e latejante. Vai até o banheiro lavar a cabeça com água fria, enquanto Geli faz o mesmo no pátio junto ao tanque de lavar roupas. Angela a observa desconfiada.
- Que foi, Geli? Parece até que você viu um fantasma...
- Nada, mamãe - ela disfarçou - é que eu me assustei com uma aranha.
Angela fez um gesto de pouco caso.
- Ora, Geli, você já está muito crescida para ter medo de aranhas...
Na hora do almoço eles quase não falam, somente Angela discorria sobre recordações da infância de ambos. Adolph elogia a torta de maçã que a irmã lhe fez. Depois ele sai e não aparece o resto do dia. Geli passa a tarde ajudando a mãe na faxina e pensando no que acontecera de manhã. Por volta de seis da tarde vai tomar banho, mergulha na banheira como na véspera, se lava com o mesmo sabonete de rosas. Veste um vestido limpo e vai dar uma volta no jardim. Ouve o motor do Ford chegando, seu coração dispara. já não tem dúvida de que está apaixonada por seu tio, mas aquilo seria errado? Seria pecado? Ela senta num banco à sombra das árvores. Adolph surge à sua frente, o sobretudo escuro, as botas reluzentes. E aqueles olhos tão estranhos, tão intensos... ele se aproxima e senta ao lado de Geli.
- Como o senhor demorou, tio...
Ele dá um sorriso.
- Você sentiu minha falta?
- Muito...
- Eu também. Pensei a tarde toda em você... em nós.
Adolph segura a mão de Geli. Aperta os dedos frágeis da moça, ela também aperta os dele. Ele chega ainda mais perto, Geli sente o cheiro de sua roupa, da brilhantina que ele usa nos cabelos, ele aspira seu perfume de banho recém tomado. Acaricia seu rosto, olhos fixos naquela boca macia e fresca.
- Você já beijou um homem, Geli? - pergunta.
- Na boca, nunca não senhor. - responde Geli já sem ar.
Adolph então se inclina sobre ela e a beija...
Geli fechou os olhos, toda entregue à emoção de seu primeiro beijo. No início foi apenas um selinho. Depois ele deslizou a língua por entre os lábios da moça e começou a ensiná-la a beijar de língua. O bigode dele fazia cócegas. Ficaram assim nessa aula de beijo um longo tempo. Geli passou os braços em volta do pescoço dele. Agora o encara com os olhos turvos de emoção.
- Ai, tio... acho que a gente não devia fazer isso.
- Porque somos parentes? - tornou Adolph ofegante. - Que bobagem, Geli... tantos parentes próximos até mesmo se casam!
- isso é verdade. Mas... e a mamãe?
- Ela não precisa saber por enquanto.
Assim dizendo, o tio Adolph a apertou nos braços e se beijaram outra vez. Sua mão procurava os seios da moça, e os apertaram de leve sobre o vestido, arrancando gemidos sufocados de ambos. Geli sentia uma cachoeira de excitação no meio das pernas, tanta lubrificação que ameaçava escorrer. Ele mordeu seu pescoço, a vontade dele era derrubá-la ali mesmo e fazê-la sua, ela cerrou os dentes para não gritar, via por entre uma nuvem vermelha de tesão a lua que se erguia no céu, sentia o perfume afrodisíaco das flores... nisso a voz de Angela soou ao longe, quebrando o clima.
- Geli! Onde você está? Venha me ajudar com o jantar!
- A mamãe! - diz Geli assustada erguendo-se de um pulo, alisando os cabelos e o vestido. - Deus nos livre se ela nos pega...
Adolph estava ofegante e todo vermelho.
- Escute, Geli... isso é um segredo só nosso, por enquanto.. - disse ele.
Ela assentiu com a cabeça e saiu correndo em direção à casa. Adolph estava tão desesperado que teve de ir até um canto escondido do jardim para se aliviar. Jatos brancos jorraram e escorreram pelo tronco de uma macieira.
- Calma, Adolph, calma, homem... - disse a si mesmo depois de ejacular. -A política e o futuro da Alemanha em primeiro lugar, você sabe disso... mas, Mein Gott...ela me deixa louco...como nenhuma outra mulher jamais deixou... ela vai ser minha...minha e de mais ninguém!
Geli entrou correndo em seu quarto, toda inundada...trancou a porta e se acariciou, e gozou pensando em seu tio. Acalmadas as contrações do orgasmo, lavou o rosto e foi para a cozinha ajudar sua mãe. Angela reparou na marca vermelha no pescoço da filha.
- Que foi isso no seu pescoço, Geli? - perguntou.
Geli levou a mão ao pescoço, desconcertada.
- Ah, nada, mamãe... uma alergia...
Durante o jantar eles agiram de modo bem natural, para não causar suspeitas em Angela. Adolph naquela noite falou longamente sobre política, suas propostas e planos, o livro que estava escrevendo... houve um momento em que os pés de ambos se tocaram por baixo da mesa. E a descarga elétrica os atingiu outra vez.
- Posso levar Geli amanhã à cidade, mana? - perguntou ele ao final da refeição. - Quero comprar algumas roupas para ela, se você não se importar, é claro...
O coração de Geli disparou.
- Claro que pode, mano. - disse Angela. - Mas não se incomode conosco. Você já tem feito tanto por nós...
- É um prazer, mana. - tornou Adolph. - A família é tudo na vida de um homem...e eu quero que minha sobrinha seja uma moça muito elegante e bem vestida.
Geli sorriu e baixou os olhos, com o ar mais inocente do mundo... Angela estava comovida.
Ah se ela soubesse.