AMOR EM MATO GROSSO!
Por: Tânia de Oliveira
Nota: Imagem e Música..retirados do Google.
Por: Tânia de Oliveira
Ela estavan no ponto de ônibus cabeça baixa. As bolsas largadas no chão. Ele sentado próximo a ela tão triste quanto ela mas não podia ficar sem enxergar toda aquela tristeza tão similar a dele!
- Olá, você poderia me dar uma informação? Indagou João, para Tamara que levantou os olhos lacrimosos e respondeu: - Como? Sim...pois não!
- Primeiro eu gostaria de saber se você vai pra Campo Grande também...e segundo estou vendo sua tristeza e gostaria de saber se posso ajudar em alguma coisa... disse ele meio tímido.
Tamara levantou os olhos, respirou profundamente e balançando o rosto respondeu triste: - Tem razão amigo, estou indo morar em Campo Grande transferência de meu trabalho e estou triste mesmo. Perdí meu esposo em um acidente.
Após lamentar João pediu pra ser amigo... - Olha, não sou um conquistador barato quero também companhia. Fiz concurso para Policial Rodoviário e me lotaram para sua nova cidade. Também estou depressivo. Minha esposa não morreu mas foi embora com outro...para a Alemanha. Não consegui ainda superar esse embate desagradável.
A viagem era longa. Trocaram assento com o passageiro vizinho e foram silenciosos observando a paisagem desfilar no vidro do ônibus.
Primeira parada desceram para lanchar e tiveram oportunidade de se conhecer melhor. E até de rir. Um menino de rua tentou tirar dinheiro do bolso de um senhor de idade. Esse lhe deu um “cocorote” na cabeça do mesmo e a forma como a criança revidou foi tão engraçada que ambos cairam na risada..._ -“Ôche e precisa bater em mim...só queria um trocadinho...prum lanche..."veio mais doido”...disse o garoto e saiu coçando a cabeça e chingando o senhor como se não houvesse cometido nada errado.
Após o sorriso quase cúmplice eles sentaram frente um ao outro como se fossem velhos amigos e pediram lanche e sucos iguais. Quase não conversaram. Apenas se comunicavam com os olhos.
E a viagem prosseguia. La adiante João apontou para um passarinho num galho...olha um galo de campina...meu pai adorava...canta que só. Ela simplesmente sorriu.
Descobriram na viagem que ambos gostavam de árvores sem folhas, adoravam montanhas, mato, ambos tinham espírito de ambientalistas, comungavam com a idéia de um planeta sustentável...e também teciam um sonho de conhecer a cidade Bonito em Mato Grosso. Mais uma coisa...ambos adoravam as músicas de Almir Sater.
Tamara e João não tinham filhos e aquele encontro parecia uma consolação de Deus. Ambos sentiam uma confiança automática um no outro. E as pavavras pareciam não ter importãncia para eles. Conversaram apenas o essencial
Chegou a noite, e o frio fez Tamara encostar o rosto no ombro do amigo. Ele aconchegou-se para ficar mais confortável. Ela começou a falar pela primeira vez sobre sua experiência de perda...de dor. Ele passou a mão em sua cabeça, sem pedir que ela parasse com aquele choro penoso.
Ao chegar na rodoviária de Campo Grande eles já sabiam que iriam ficar em hotéis diferentes. João tratou de acompanhar sua amiga de viagem até seu flat, prometendo logo cedinho voltar a procura-la. Despediram-se agradecidos pelo “acaso” de terem se conhecido em circunstãncias tão convenientes.
Tamara dormiu dez horas seguidas. Acordou com joão lhe batendo a porta e lhe chamando de dormioca! Qual não foi a surpresa dela quando ele falou que ja havia conseguido vaga no flat, num espaço perto do dela.
Resolveram juntos às questões burocráticas de ambos e foram rapidamente resolver sobre o sonho que acalentavam...conhecer Bonito.
Na mesma tarde ansiosos rumaram para uma Pousada como se fossem amigos de vários anos. Iriam finalmente conhecer a dolina Buraco das Araras, as Grutas de São Miguel e mergulhar nas águas límpidas do Rio da Prata...
Parecia um sonho. Mesmo com toda dor no peito Tamara não podia deixar de reconhecer que havia uma magia naquele encontro. Deus existe - pensava, enquanto ficava olhando com carinho aquele amigo que guardava suas sandálias na pequena bolsa que levava a tiracolo.
No barco foi fatal...ao passar a mão fora da embarcação para tocar a água friinha...Tamara ameaçou de cair. Assustado... João acudiu e enquantos seus rostos se aproximavam...seus lábios como que atraídos por um grande ímã universal...se colaram de olhos fechados sentindo o sabor do amor reintegrado entre eles.
- Olá, você poderia me dar uma informação? Indagou João, para Tamara que levantou os olhos lacrimosos e respondeu: - Como? Sim...pois não!
- Primeiro eu gostaria de saber se você vai pra Campo Grande também...e segundo estou vendo sua tristeza e gostaria de saber se posso ajudar em alguma coisa... disse ele meio tímido.
Tamara levantou os olhos, respirou profundamente e balançando o rosto respondeu triste: - Tem razão amigo, estou indo morar em Campo Grande transferência de meu trabalho e estou triste mesmo. Perdí meu esposo em um acidente.
Após lamentar João pediu pra ser amigo... - Olha, não sou um conquistador barato quero também companhia. Fiz concurso para Policial Rodoviário e me lotaram para sua nova cidade. Também estou depressivo. Minha esposa não morreu mas foi embora com outro...para a Alemanha. Não consegui ainda superar esse embate desagradável.
A viagem era longa. Trocaram assento com o passageiro vizinho e foram silenciosos observando a paisagem desfilar no vidro do ônibus.
Primeira parada desceram para lanchar e tiveram oportunidade de se conhecer melhor. E até de rir. Um menino de rua tentou tirar dinheiro do bolso de um senhor de idade. Esse lhe deu um “cocorote” na cabeça do mesmo e a forma como a criança revidou foi tão engraçada que ambos cairam na risada..._ -“Ôche e precisa bater em mim...só queria um trocadinho...prum lanche..."veio mais doido”...disse o garoto e saiu coçando a cabeça e chingando o senhor como se não houvesse cometido nada errado.
Após o sorriso quase cúmplice eles sentaram frente um ao outro como se fossem velhos amigos e pediram lanche e sucos iguais. Quase não conversaram. Apenas se comunicavam com os olhos.
E a viagem prosseguia. La adiante João apontou para um passarinho num galho...olha um galo de campina...meu pai adorava...canta que só. Ela simplesmente sorriu.
Descobriram na viagem que ambos gostavam de árvores sem folhas, adoravam montanhas, mato, ambos tinham espírito de ambientalistas, comungavam com a idéia de um planeta sustentável...e também teciam um sonho de conhecer a cidade Bonito em Mato Grosso. Mais uma coisa...ambos adoravam as músicas de Almir Sater.
Tamara e João não tinham filhos e aquele encontro parecia uma consolação de Deus. Ambos sentiam uma confiança automática um no outro. E as pavavras pareciam não ter importãncia para eles. Conversaram apenas o essencial
Chegou a noite, e o frio fez Tamara encostar o rosto no ombro do amigo. Ele aconchegou-se para ficar mais confortável. Ela começou a falar pela primeira vez sobre sua experiência de perda...de dor. Ele passou a mão em sua cabeça, sem pedir que ela parasse com aquele choro penoso.
Ao chegar na rodoviária de Campo Grande eles já sabiam que iriam ficar em hotéis diferentes. João tratou de acompanhar sua amiga de viagem até seu flat, prometendo logo cedinho voltar a procura-la. Despediram-se agradecidos pelo “acaso” de terem se conhecido em circunstãncias tão convenientes.
Tamara dormiu dez horas seguidas. Acordou com joão lhe batendo a porta e lhe chamando de dormioca! Qual não foi a surpresa dela quando ele falou que ja havia conseguido vaga no flat, num espaço perto do dela.
Resolveram juntos às questões burocráticas de ambos e foram rapidamente resolver sobre o sonho que acalentavam...conhecer Bonito.
Na mesma tarde ansiosos rumaram para uma Pousada como se fossem amigos de vários anos. Iriam finalmente conhecer a dolina Buraco das Araras, as Grutas de São Miguel e mergulhar nas águas límpidas do Rio da Prata...
Parecia um sonho. Mesmo com toda dor no peito Tamara não podia deixar de reconhecer que havia uma magia naquele encontro. Deus existe - pensava, enquanto ficava olhando com carinho aquele amigo que guardava suas sandálias na pequena bolsa que levava a tiracolo.
No barco foi fatal...ao passar a mão fora da embarcação para tocar a água friinha...Tamara ameaçou de cair. Assustado... João acudiu e enquantos seus rostos se aproximavam...seus lábios como que atraídos por um grande ímã universal...se colaram de olhos fechados sentindo o sabor do amor reintegrado entre eles.
Tudo aquilo era assustadoramente mágico. A força daquele sentimento! Havia uma sintonia, uma cumplicidade, uma confiança que brotava como nascente de rio...fruindo....incessantemente...
Nascia assim um grande amor que o “acaso” presenteou a ambos . Deus escreve nas entrelinhas...
Nascia assim um grande amor que o “acaso” presenteou a ambos . Deus escreve nas entrelinhas...
Nota: Imagem e Música..retirados do Google.