A POESIA QUE ERA GRANDE DEMAIS PARA SER POESIA
Comecei rimando como sempre, musicando o amor, florescendo o caminho até seu coração complicado. Pesquisei, mais uma vez, seus lindos olhos, mas parecia ser simples demais, dizer o que eu já disse, repetida poesia não iria surpreender. E tudo foi crescendo, em largos parágrafos, escrevi sobre como lhe farei feliz. Escrevi detalhes tão íntimos, que os versos nos tornariam profanos. Criei tantas promessas, que não restaram a mim nenhuma caneta ou linha vazia. Estava tudo tão estupidamente exagerado, como uma carta distante de um fuzileiro para sua amada, dizendo em letras maiúsculas que estava voltando para seus braços. Embora, tenha repetido para mim mesmo ,tantas vezes, que isso seria só uma poesia, acabei por dar sentido ao um sentimento tão propício ao um profundo lar de lágrimas e imenso descaminho. Pois, o amor nunca se contenta, nunca se satisfaz ao fim da página, pois, sempre lhe resta uma próxima coluna para reivindicar, ou apenas declarar ou que ainda se quer. Eu permitir esse engano, não por inocência ou carência, mas por natureza, é de mim gostar de gostar de você, principalmente quando a tenho até mais tarde, mesmo quando você resiste a se entregar. Meu problema é que não consigo enxugar as palavras, ou por fim a nós, quando é necessário apenas o silêncio de um poema em branco, eu vou além. Eu sei meu amor, eu te prometi uma poesia, assim como a lua e aquela viagem a Paris, juro que ainda terás tudo que prometi, mas peço uma chance para os contos, para quem sabe um romance...