MADRUGADA

E me perdi, dentro naquele olhar, perto daquele sorriso, nas ondas leves do seu perfume que minhas narinas roubavam do ar, então naufraguei no som das cordas que tocavam daquele corpo dancei em meu intimo. As cartas fugiram de minhas mãos no primeiro andar e logo fiquei tímido. Tela em meus braços era como um viciar em chocolate! Cio na pele, gotas de desejos em meu limbo. Em seus límpidos lábios um profano perdão anunciava o amor de bailarina, em seus gemidos a tempestade pedia passagem. O eco de nossas almas molhadas do orvalho em bêbadas palavras a luz de meu penhor. Na flor da pele um labirinto de paixões, fiz a colheita da madrugada sementes de amor em movimento.