Ecos de Lacuna - Todos os "porquês" do mundo

"Sentada à frente de sua escrivaninha, os pensamentos corriam sem rédeas, as mensagens nem sempre claras. Era de um tempo inabitável. Um tempo sem tempo. Estranhamente insano ou sem alguma codificação que pudesse fazer ao menos entendê-la. Os porquês de alguns, e todos os porquês por ela. Perguntava-se: - Sem resposta alguma. Nada é óbvio, porém tudo na maioria das vezes de uma certeza tão triste e até justificável".

- Às três horas da tarde, praia de Copacabana.

- Vamos, querida. Está na hora de entrarmos, tomarmos um belo banho e almoçarmos.

- Ah, paiê... não... agora, não... por favor.

- Agora, sim, Marcele! Já está tarde e a sua mãe nos espera para o almoço.

- Mas paiêêê... por favor, eu nem brinquei direito...

- Já disse que está na hora! Deixe de teimosia, Marcele! Amanhã, voltaremos, está bem assim?

- Tá... Marcele não escondia os choramingos.

- Vamos primeiro lavar os pés. Os seus então estão tão sujos que parece que brincou no barro (rs)... não fica bem entrarmos no elevador com os pés desse jeito, não é?

- Tá... (ar de muxoxo).

"Naquele momento os pensamentos eram velozes e ao mesmo tempo pairavam em alguns trechos da história de sua vida. Muitas das vezes as lágrimas não se aguentavam e desciam torrencialmente lavando a sua face. Era inevitável".

- Saíram da praia, atravessaram a rua e caminharam em direção ao prédio aonde moravam.

Esperaram pelo elevador. E, quando este chegou ao local, adentraram. No terceiro, andar, entrou outro passageiro conhecido pelo pai de Marcele.

- Oi, Dener, tudo bem? (cumprimento do pai super chato de Marcele)

- Tudo bem! E como vai essa princesinha, linda? (levando Marcele ao colo)

- Ah, está chateada porque queria ficar mais tempo na praia.

- Ela está cada vez mais linda... rsrs uma gracinha...

Mas... aonde vocês "arranjaram" uma japonesinha tão linda?!