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Só um lugarzinho no coração ?

 
A empatia entre Mariana e Américo se deu desde o primeiro instante, pois lhes passava a impressão de que já se conheciam há tempos. Conversaram sobre tudo de que a vida de bom lhes dá. Identificaram-se.
 
Em dado momento Mariana diz a Américo uma frase que no primeiro momento lhe aborreceu: ‘certamente pelos caminhos da vida nos encontraremos poucas vezes, mas um lugarzinho especial e aconchegante no meu coração já é seu’.
 
Américo entristeceu, pois não queria vê-la poucas vezes e nem ter somente um ‘lugarzinho’, mesmo que especial e aconchegante em seu coração’, pois o queria todo.
 
Mas se conformou, pois o tempo e caminhos da vida dados a ela não foram os mesmos dele, entendendo que deveria aceitar mesmo contrariado, fosse só um ‘lugarzinho’.
 
Américo resolveu, mesmo dado a limitação do tamanho do lugar, a dele tomar posse, e qual não foi sua surpresa ao adentrar ali, pois vira que a expressão ‘lugarzinho’, usada no diminutivo por Mariana somente se adequava à sua delicadeza e meiguice.
 
E mais, Américo constatou que o lugarzinho era mesmo aconchegante e também de infinda ternura, o que lhe bastou e nele se acomodou, e ali permanecerá infinitamente, esperando que um dia, quem sabe, possam renascer no mesmo tempo, terem os mesmos caminhos e viverem felizes como jamais alguém viveu.
 
Américo passou a crer, depois da afirmação de ‘lugarzinho’, que isto não significa ‘limitação’, mas simplesmente demonstra afeto, delicadeza e meiguice, que fluem naturalmente do coração de Mariana. Ela é assim ! Ela é mesmo assim !
Brasilino Neto
Enviado por Brasilino Neto em 28/06/2014
Reeditado em 30/06/2014
Código do texto: T4861909
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