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Continuação.....
A bruxa e o bárbaro - entrega
A noite chegou e a bruxa olhou para aqueles braços que a seguravam ainda e foi afastando-se, sem olhar para os olhos daquele que a havia por um momento, feito esquecer quem era, afinal era um bárbaro, matava sem piedade seus inimigos e não era por acaso que sua espada pingava sangue ainda.
Em uma distância calculada, olhou para ele e perguntou o que queria, ali na sua caverna. Ele a olhou sem entender bem o que tinha acontecido e disse:
- Bruxa, você me enfeitiçou?
-Ora, eu! Como assim? Estava aqui mexendo em meu caldeirão, quando percebi você já estava aqui dentro.
- Estava em perseguição, entrei por acaso, procurava alguém.
- Bom, como vê, não há ninguém aqui, somente eu.
-Bruxa... você pode ter escondido alguém aqui, me diz, você escondeu alguém aqui??
-Acho melhor você sair daqui! Eu não quero usar minha magia , e...
A bruxa levantou o braço e balançou no ar, foi o suficiente para que o bárbaro, pegasse seu pulso e o torcesse, colocando-o em suas costas, a bruxa arregalou os olhos e entreabriu a boca para começar a falar, quando sentiu aquele hálito muito próximo, sua respiração alterou-se e tentou desvencilhar-se, mas o que fez foi prender-se ainda mais ao bárbaro, sentiu seu corpo todo, cada múscul0 e o seu odor, sua cabeça pendeu para trás, deixando exposto seu pescoço. O bárbaro começou a beijar lentamente seu pescoço, fazendo-a perder a razão e esquecer tudo que por uma fração de segundo achou que iria fazer, não tinha jeito, eles pertenciam-se, e o desejo falou mais alto.
Ele a apertou com força como que querendo dizer que a possuía, beijando-a lentamente e sem pudor ia explorando cada canto de sua boca vulnerável. Vislumbrou o que deveria ser seu leito, então, deitou-a, e aos poucos foi tirando aquele véu que cobria seu corpo, deixando-o de lado, expondo toda sua nudez. Ela sentiu que poderia voar sem sua vassoura, pois nunca havia experimentado tamanho prazer, sentiu que sua alma e seu corpo eram dele. Cada gota de suor que escorria de seu corpo e que colava no dele, selavam para sempre seu destino. Não poderia tê-lo e nem prendê-lo, mesmo com magia, pois ele era um guerreiro, um bárbaro, sua alma era livre, ele era conquistador, vivia da espada e suas batalhas era o que lhe dava vida, só tinha uma certeza, depois de cada batalha, ele viria para descansar e curar suas feridas em seus braços, pois aquele brilho que vira em seus olhos , o denunciava.
Quando ele pegou sua espada e seu elmo, sentiu que já era a hora de sua partida, pensou em retardar sua saída, mas somente sorriu, afinal era uma bruxa... poderia vê-lo e protegê-lo sempre, tornando-o invencível.