TRAGÉDIA EM UM GRANDE AMOR

Toc toc toc toc.

- Oh de casa! Toc toc toc. Oh de casa! Tem alguém aí?

- Quem será Lion? Quem que nos perturba uma hora dessa? Vou dar uma espiada pra vê quem é.

- O que desejam? Posso ajudar em alguma coisa?

- Oh senhor, nos desculpe por lhe incomodar, é que estamos precisando de ajuda e sua casa é a única por perto, então... queremos dizer, pode nos ajudar?

- Depende, se for dinheiro, sinto muito, mas não será possível.

- Não, não senhor, não é dinheiro pode ficar tranquilo.

- Então digam do que se trata, por favor.

- É que nosso carro quebrou logo adiante, e não conhecemos nada por aqui, por isso gostaríamos de contar com sua ajuda, se for possível é claro.

- O carro quebrou, como assim? O que fazem por aqui, neste fim de mundo?

- É que houve um acidente na rodovia e a pista estava interditada, então nos disseram que por aqui seria um bom atalho para nos livrarmos do engarrafamento, mas nosso carro quebrou e aqui estamos desesperados sem sabermos o que fazer para sair daqui.

- É uma situação muito complicada, porque não tem mecânico por perto e eu não entendo nada disso, sou apenas um humilde agricultor.

- Mas nosso carro não pode ficar lá no meio da estrada.

- O que posso fazer por vocês é ajudar trazer o carro para cá e depois veremos o que fazer.

- Tudo bem, vamos lá então. Já é uma grande ajuda, obrigado.

- Não há de que. Vamos Lion.

- Desculpe, mas quem é Lion?

- É meu fiel amigo, meu cachorro.

- A tá, então vamos.

Tarde de verão de 1974. 18:05hs da tarde, o sol se pondo no horizonte, linda paisagem capaz de impressionar qualquer rude. Zona rural, a 3 Km da rodovia estadual 161. Famosa por suas curvas acentuadas e perigosas, sendo uma rodovia não duplicada e mal sinalizada, volta e meia aconteciam acidentes, onde muitos deles eram fatais.

Sítio Santo Antônio, as margens da estrada de terra onde dava acesso bem adiante a rodovia estadual 161. Ali residia o jovem Manoel Peixoto, homem de muita fibra e dedicado a agricultura, de onde tirava dela o sustento, cultivando milho, mandioca, feijão e banana. Morava ali desde os 12 anos de idade, quando seu pai comprou aquele sítio. Era o lugar perfeito para ele, pois era o seu mundo, ou melhor, o único mundo que conhecia. Aos 21 anos, perdeu seu pai, vítima do vício do álcool e aos 26 sua mãe o deixou, devido uma doença grave, onde os médicos fizeram de tudo que estava ao alcance, mas nada adiantou, vindo a falecer 4 meses depois que adoeceu. Manoel agora se encontrava sozinho, pois era filho único, e os poucos parentes que tinha da parte de seus pais, moravam muito longe e também não queria os incomodar, aquele era seu mundo e era ali que deveria ficar.

A 1 Km dali, havia um sítio chamado Três Corações, o dono pôs esse nome por causa das três filhas que tinha, eram jovens encantadoras. A mais velha tinha 26 anos, a outra tinha 22 e a mais nova 19. A mais velha nunca havia namorado com ninguém, pelo menos que alguém soubesse. A outra era noiva com o filho de um fazendeiro que morava a 5 km dali na fazenda Arariba. Quanto a mais nova, ela só pensava em estudar, queria ser médica veterinária pois era apaixonada por animais e adorava cuidar dos gados de seu pai, ou melhor, das duas vaquinhas que ele tinha.

O dono do sítio Três Corações, o senhor Belarmino conhecia muito bem Manoel e sabia que era um homem de bem, íntegro e muito trabalhador. Vendo a situação em que ele se encontrava, um certo dia o convidou para almoçar em sua casa no Domingo, que de imediato recusou o convite, mas por muita insistência do senhor Belarmino, aceitou. O dia havia amanhecido, o sol já brilhando em meio as plantações, Manoel se senta no terreiro em frente à sua casa e começa a meditar na vida, na sua situação, vivendo ali sozinho naquele fim de mundo. Estava aflito sem saber o que fazer, se encontrava perdido em meio à multidão, em pensamentos indo e vindo, quando olha para o relógio se assusta pois já eram 11:00hs, lembrou-se do convite do senhor Belarmino, logo veio uma dúvida, será que devo ir? Após uns 5 minutos em dúvida, decidiu por ir. Pegou a toalha foi ao brejo logo abaixo da casa, tomou um banho, trocou a roupa, pôs a comida do seu amigo Lion e saiu, montou na bicicleta e saiu pedalando sem pressas, pois queria chegar próximo da hora do almoço para não ter que ficar conversando, pois além de tímido, não estava afim de falar sobre sua vida. As 11:45hs chegou à casa do amigo Belarmino que logo o convidou para entrar.

- Olá Manoel, como você está, tem passado bem? Seja bem-vindo e fique à vontade, sinta-se em casa.

- Obrigado seu Belarmino, e, quero dizer que estou bem na medida do possível.

- Você vai superar rapaz, é muito difícil perder um ente querido, ainda mais sendo nossos pais, mais é a vida, é assim mesmo.

- Eu sei senhor, mais é muito triste para mim, ainda estou me recuperando aos poucos.

- Você vai superar, acredite. Mas vamos parar de conversa pois o almoço já está sendo servido, venha comigo e compartilhe conosco desta humilde mesa.

- Olá senhora Estela, como vai?

- Eu estou bem Manoel, e você como está?

- Estou superando aos poucos.

- Sente-se por favor e sirva-se à vontade.

- Obrigado.

- Não se envergonhe por nossas filhas, elas são pessoas simples como nós.

- Vou tentar, pois sou muito tímido.

A mais velha Raquel, estava sentada ao lado oposto da mesa onde estava Manoel e logo o encarou deixando-o meio sem jeito.

- Quer que eu o ajude a fazer seu prato? Perguntou Raquel.

- Se não for incômodo, respondeu Manoel.

- Não é, será um prazer. Respondeu com um sorriso encantador.

- Obrigado, disse Manoel se sentindo um pouco mais aliviado.

Todos a mesa, começam a refeição e Manoel ainda desconfiado, logo é interpelado pelo senhor Belarmino. Você não pensa em se casar-se Manoel? Chega um momento em nossa vida que é conveniente arrumar uma companheira.

Um pouco sem jeito por causa das moças presente, Manoel responde com timidez:

- Tenho pensado nisso de alguns dias pra cá.

- É isso rapaz, arrume uma moça de família e se case, vá viver a vida, bola pra frente. Disse seu Belarmino olhando nos olhos de Manoel, que logo se sentiu um pouco desajeitado.

Fim do almoço, o senhor Belarmino chega perto de Manoel e diz: - Meu caro, depois do almoço é sagrado dar um cochilo de 1 hora todo dia, mas não precisa ir ainda, pode ficar mais um pouco, converse com as meninas, fique à vontade, como disse anteriormente, sinta-se em casa. Eu e seu pai fomos bons amigos e lhe tenho muita consideração.

- Obrigado senhor, fico muito feliz em ouvir isso.

- Então, até mais. Disse seu Belarmino dando uma tapinha nas costas de Manoel e se retirou.

Se sentindo um pouco embaraçado com a situação, Manoel foi até uma mangueira que ficava em frente à casa e se sentou em baixo dela aproveitando a sombra que a mesma proporcionava. Estando ali meditando por alguns minutos, quando de repente alguém toca em seu ombro e com uma voz bem meiga pergunta: - posso sentar aqui junto a você? Manoel se vira meio atordoado pra ver quem era e logo se depara com uma linda moça fitando-o com um olhar carente e ele logo acentua que sim. Era Raquel, a filha mais velha do senhor Belarmino. Apesar de ser muito bonita, ela não tinha muitas aspirações para o futuro, pois sua vida estava resumida a ajudar seu pai e sua mãe com os afazeres do sítio e havia apenas terminado o ensino fundamental. Seu mundo era muito pequeno e restrito, não oferecendo muita alternativa para ela, até sonhava com um futuro diferente, mas já estava se conformando com aquele mundo, o sítio e os afazeres.

Manoel ainda tímido, pergunta:

- Como você está?

- Estou bem, apesar de tudo. Sinto muito pela morte da sua mãe.

- Obrigado. Responde Manoel fitando-a nos olhos e apreciando a beleza deles.

- Acho que você deveria tomar o conselho do papai e arrumar uma moça pra se casar, vai ser bom pra você, a companhia, ter alguém pra cuidar de você. Cuidarem do sítio juntos e construir uma família.

- Acho que seu pai tem razão. Mas, e você, não pensa nisso também? Você é tão bonita. Disse Manoel sorrindo e deixando a moça perturbada.

- Sabe Manoel, eu nunca conversei essas coisas com alguém. Me sinto um pouco embaraçada. Disse a moça fintando-o com timidez.

- Desculpe se a deixei assim. Eu já tive uma namorada, mas foi algo passageiro, não tínhamos nada em comum, então terminamos logo para evitarmos sofrimentos futuros.

- Você é um homem de bem, merece uma mulher também assim.

- Obrigado. Você também merece. Disse Manoel olhando bem nos olhos de Raquel.

De longe, as irmãs de Raquel os observavam e comentavam uma com a outra dizendo: - acho que nossa irmã vai desencalhar, já está na hora né? – Com certeza, responde a irmã mais nova, a Regina. Nesse instante o pai delas se acorda do cochilo e quando Manoel o vê, logo se levanta e vai se despedir dele, pois estava só o esperando para isso. Após despedir-se e agradecer pelo convite ao senhor Belarmino, chega perto de Raquel e pergunta para ela: - posso vir aqui outra vez para lhe vê e conversarmos mais?

- Claro, será um prazer Manoel. Responde Raquel com um sorriso cheio de esperanças.

- Então até mais, e obrigado por tudo, diz Manoel saindo devagar com sua bicicleta.

Ao chegar em casa, logo cumprimentou Lion afagando-o a cabeça, que com um latido e um abanado de calda retribuiu.

- Sabe Lion, acho que encontrei a mulher certa para me casar. Interessante é que ela esteve ali tão perto por toda vida e eu ainda não a havia notado, ela é tão bonita, tão meiga, tão pura, parece a mulher ideal.

Lion olhava para ele como quem queria falar alguma coisa, mas como não podia, apenas o olhava. Parece que suas forças começavam voltar, o vigor da vida e a esperança começavam renovar-se. Manoel estava se sentindo ótimo, seus pensamentos estavam borbulhando, seu coração batendo mais forte e sua mente querendo traçar planos para o futuro.

Manoel estava tão entusiasmado, que não perdeu tempo, no dia seguinte foi à casa do senhor Belarmino e pediu-lhe para namorar com sua filha Raquel. Mesmo se achando surpreso pelo tão inesperado pedido, mas logo decidiu em concordar pois conhecia muito bem Manoel e sabia que não se tratava de uma aventura qualquer e que o mesmo só podia ter boas intenções com sua filha. Começaram então a namorarem, e para ambos aquilo estava sendo o máximo, já que nunca haviam namorado antes com ninguém, era tudo novo para eles. As coisas estavam indo a mil maravilhas e tanto o pai como a mãe de Raquel, estavam muito satisfeitos com o namoro dela com Manoel, a cada dia o admiravam mais.

A vida de Manoel parecia ser outra, as perdas pareciam estarem ficando para trás e um mundo novo nascera para ele. Não tinha mais dúvida, aquela era a mulher de sua vida e queria casar-se com ela, e já faziam seis meses que estavam namorando, era tempo o suficiente para saber o que queria. Após conversar com os pais da amada foi marcada então a data do casamento, e mediante a situação de Manoel, ficou acordado que seria apenas no civil.

Chegou o grande dia para os dois jovens, o dia estava lindo, era Sábado, 25 de Março de 1975. Após o casamento no civil, houve um almoço na casa dos pais de Raquel com a presença apenas dos familiares. Foi tudo perfeito, e os recém-casados foram embora para casa felizes da vida, a vida que agora iriam compartilhar dali pra frente.

Dois anos se passaram e o amor entre os dois parecia que aumentava a cada dia, estavam muito felizes. O sítio de Manoel estava prosperando e os lucros da lavoura era razoavelmente satisfatórios. Porém, havia algo que os estava incomodando, ambos queriam muito um filho, mas Raquel não conseguia engravidar. Após conversar com sua mãe dona Estela, Raquel decidiu procurar um médico especialista e depois de alguns exames logo veio a grande tristeza, ela não poderia engravidar devido um problema de fá formação do útero. Voltou para casa triste e logo compartilhou com Manoel sua tristeza, o qual com muito carinho e amor a consolou dizendo:

- Meu amor, sei que é muito difícil para você que ansiava tanto em ter um filho, para mim também é triste, mas Deus sabe o que faz. O nosso amor nos dará forças para superar isso.

- Obrigado por compreender meu amor. Respondeu Raquel se sentindo amparada e confortada.

Após vários minutos abraçados, se beijaram e foram para a casa dos pais dela, darem a notícia triste para eles, que também lamentaram muito e os consolaram.

Apesar e tudo, a união dos dois parecia muito sólida e que não havia se abalado com a situação da infertilidade. Oito anos já haviam se passado e o casamento dos dois causava inveja a muita gente na redondeza, pela reciprocidade, pureza e felicidade. Em uma fazenda vizinha, aproximadamente 1,5km morava um homem chamado Dudé, era por este apelido que todos o conhecia, era casado e tinha quatro filhos. Na redondeza corriam uns boatos que sua esposa o corneava, mas ele não dava muito à atenção a isso. Ele prestava muito à atenção mesmo era em Raquel, não apenas por sua beleza e formosura, mas por sua serenidade e fidelidade ao esposo.

Raquel estava fazendo um curso na cidade, pois estava um pouco entediada com a vida que levava no sítio, então resolveu fazer algo pra sair da rotina. Ela ia três vezes por semana, onde saia logo cedo e só voltava no final da tarde, devido à distância e os meios de transportes que eram bem pouco. Foi aí que o Dudé começou a maquinar algo, dizia ele consigo mesmo: - ela sai de manhã e só volta no fim da tarde, há algo de errado nisso, preciso alertar meu amigo Manoel. Coitada da Raquel, não imaginava o que viria pela frente, que seu mundo estava prestes a desabar, que aquele amor tão intenso entre ela e Manoel se transformaria em pesadelo.

Um belo dia, após largar do serviço no sítio, Manoel foi interpelado por Dudé dizendo que queria conversar com ele, que logo pediu para dizer do que se tratava.

- Manoel, sei que você irá ficar muito bravo, mas só estou alertando o amigo. Disse o infeliz do Dudé.

- Diga logo do que se trata. Falou Manoel um tanto já irritado.

- Calma amigo, peço que fique calmo, pois é algo muito sério. Eu acho que sua esposa o está traindo, ouvi uns comentários por aí e tive que lhe falar, afinal, sou seu amigo.

- Você não brinque com coisa séria. Disse Manoel sem querer acreditar no que estava ouvindo.

- Não estou brincando, não brincaria com uma coisa dessa. Disse Dudé.

Manoel o deixou ainda falando e saiu às pressas, desnorteado pelo que acabara de escutar no infeliz.

- Não pode ser, isso não pode ser, é mentira, Raquel não faria isso comigo.

Sua mente estava fervendo, seu sangue parecia coagular, não sentia o chão embaixo de seus pés. Se é verdade mesmo, vou matá-la, ela não poderia fazer isso comigo, pensava ele desesperado. Não conseguiu almoçar, estava muito perturbado. Teve então uma ideia: vou imediatamente a cidade, quem sabe não consigo ver alguma coisa e ter certeza se é verdade ou não. A desgraça estava feita, um grande amor estava por se tornar em tragédia. Assim fez Manoel, montou em sua moto que tinha substituído a velha bicicleta e saiu a toda disparada rumo a cidade onde Raquel estava fazendo o curso. As 16:00hs era a hora em que ela saia do curso e lá estava Manoel de longe, em uma esquina a espiando, quando algo o chama à atenção, ela se aproxima de um colega de classe, o abraça e logo depois dar-lhe um beijo na face, era um primo, porém Manoel não o conhecia. Ele respirou fundo por três vezes, se conteve para não avançar em cima dos dois e logo depois se aproximou de Raquel que teve uma surpresa ao vê-lo.

- Olá meu amor, veio me buscar? Que bom, só assim chego um pouco mais cedo em casa hoje. Disse Raquel toda sorridente.

- É o que parece, vamos? Disse Manoel com severidade.

Raquel ficou sem entender a atitude de Manoel, mas se conteve e esperou chegar em casa para conversarem. Porém, estava com um mal pressentimento, sabia que algo de errado estava acontecendo, pois ele nunca a tinha tratado assim com desprezo. Ao chegar em casa, ela desceu da moto, ele também e ambos entraram em casa sem se falarem, Lion já se arrastando pela velhice veio os receber e com um gesto de satisfação por vê-los, esfregou-se nas pernas deles. Raquel foi direto para o quarto trocar de roupa, quando foi surpreendida por Manoel com uma facada nas costas que de imediato caiu ajoelhada, o olhou com lágrimas nos olhos e perguntou-lhe:

- Por que fez isso meu amor? O que foi que lhe fez?

- Você está me traindo, por que fez isso comigo? Eu te amei tanto e você não deu valor. Disse Manoel se preparando para dar outro golpe.

- Não! Não! Não faças isso Manoel, eu nunca te traí, eu te amo mais que tudo nesta vida. Disse Raquel já se sentindo fraca, pois estava perdendo muito sangue.

- E aquele homem que você abraçou ao sair do curso? Perguntou Manoel.

- É meu primo Manoel, eu não tenho nada com ele, apenas me despedi dele, pois ele não vai continuar o curso.

Manoel neste momento cai em si e se desespera pelo que acabou de fazer, joga a faca no chão e se agarra com Raquel toda ensanguentada e começa a pedir perdão pelo que fez. Imediatamente a pega nos braços, desesperado sem saber o que fazer, sai correndo com ela para pedir socorro, quando percebe que seus olhos estão se fechando ele grita:

- Não! Não meu amor, não morra por favor, não me deixe.

Neste momento ia passando na estrada em frente à casa o tio de Raquel, o senhor Augusto que morava em uma fazenda vizinha, que vê aquela sena de desespero de Manoel e corre para ajudar, mas ao chegar perto da sobrinha, logo percebe que a mesma já não respira mais, apavorado também pergunta para Manoel o que aconteceu e ele chorando em prantos diz:

- Eu matei o grande amor da minha vida. Agora pois, não sou mais digno de viver.

Entregou o corpo de Raquel ao tio, saiu desesperado na carreira e trancou-se no quarto onde a esfaqueou. Duas horas depois quando a polícia chegou que arrombou a porta, ele estava morto, com os pulsos todos cortados.

Josildo S Neves