MISTERIOSA MUSA
“Oh! Musa dos versos que eu componho.”
O poeta passava todos os dias por aquele mesmo caminho e ela, debruçada na janela, lançava-lhe um olhar misterioso.
E ele cantava:
“Oh! Encantada imagem de senhora.”
O tema ele já acomodava em seu coração há tempos.
O amor. A paixão que ele esperava encontrar um dia. Faltava-lhe a musa para a qual ele dedicaria os versos.
Ele não saberia dizer se aquela figura na janela, absorta, silenciosa, era uma miragem.
Uma personagem de seus sonhos loucos de poeta.
A imagem perfeita da ilusão. E, todas as manhãs, ressoava pelos quatro cantos a sua canção de amor:
És o sol que precede a minha aurora!”
Mas a sua Musa não mais estava lá. A janela se fechou - talvez para sempre - o sol não mais brilhou e o último verso ele cantou:
"Oh! Musa que embalava os meus sonhos...”
(Milla Pereira)
Este texto faz parte do EC
“O Tema e a Musa”
Conheça os demais participantes:
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