"Parecido com meus sonhos, ele tinha a beleza e as roupas..."

Sempre sonhei com um príncipe encantado. Nada de cavalo branco, tampouco de castelo. Ele era o príncipe dos dias de hoje, nos meus sonhos: calça jeans, camiseta, tênis e, o mais importante, me amava loucamente. A loucura que aprisiona, que controla, que domina, me parecia a excelência do romantismo...

Um dia ele chegou. Parecido com meus sonhos, ele tinha a beleza e as roupas. Já era um bom começo para um primeiro encontro. Nos que se seguiram, observei que era carinhoso, mas não me dizia que eu pertencia a ele, como eu sonhava ouvir. Ele não falava muito de sua vida e também perguntava pouco sobre a minha; ele não tentava me submeter a nada e demostrava claramente que não estava interessado em um relacionamento duradouro. Quanto mais eu o cobrava, menos eu recebia... O príncipe havia virado sapo? A realidade tem que se diferenciar tanto assim dos ideais que temos? Eu estava perdida, confusa e começando a sofrer.

Conversei com minha mãe a respeito. Com seu amor e conhecimento de vida, foi me explicando coisas sobre as quais eu não havia pensado. Me ajudou a esclarecer meus sentimentos e a encontrar o caminho certo.]

Tenho dezoito anos e, hoje, namoro com meu príncipe tão desejado. Não encontrei outro rapaz, não... Ele é o mesmo, aquele do qual eu estava falando e que me fez sofrer por não corresponder às minhas expectativas. Ele é o cara que me faz feliz quando está comigo e quando está ausente. Se me perguntarem o que eu fiz para isso acontecer, eu vou responder que não sei! Eu fui, simplesmente, eu mesma.

Se perguntarem a ele, o que o fez me amar, talvez, e aqui eu repito - "talvez" - ele responda que foi porque eu sou uma garota que não quis parecer perfeita aos olhos dele; uma garota que se mostrou real, do mundo real, sabe? Ele já sabia antes de mim o que eu tive que aprender: o amor dos sonhos deve ser o amor sonhado juntos e acordados.
miriangarcia
Enviado por miriangarcia em 14/04/2014
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