A Nuvem (decepções)

A Nuvem (decepções)

Certo dia Levantei as 5:30 da manhã

subi no alto de uma montanha úmida e coberta por orvalho, molhei meus pés naquela grama tão verde e bela, cheguei ao topo da montanha e lá me sentei, naquele dia eu veria o primeiro raio de luz tocar a montanha.

Então voltei meus olhos para o leste e fiquei a observar, mas havia algo errado, meu relógio já marcava 7 horas da manhã e o céu permanecia um breu.

Comecei aficar preocupado, foi quando percebi os raios de uma nuvem negra dominava o céu, era uma nuvem tão carregada, parecia até que todo o ódio, rancor, tristeza, aflições, decepções, desilusões, todos os piores sentimento humanos estavam ali todos eles concentrados.

Parecia que aquela nuvem me odiava, lançava seus raios odiosos sobre mim, eu corria, mas ela insistia em tentar me acertar, por mais rápido que eu corresse ela sempre me alcançava.

Então encontrei uma caverna escura e profunda, lá dentro me refugiei, e por mais escura e vazia que a caverna fosse, ela não carregava tanto mal em suas entranhas, me escondi por um tempo na caverna, porem a nuvem era tão sombria e perversa que até na caverna ela consegui me perseguir, a nuvem negra despencou como chuva destruidora, ela conseguiu inundar a caverna com sua maldade, agora aquela água malévola tentava me afogar, como ela não tinha mais os raios para me ferir ela decidiu canalizar toda sua raiva usando caverna.

Quase que a nuvem malévola me afogou, mas a minha sorte foi que eu já estava calejado por agressões desse tipo, isso me ajudou a resistir a maldade de ambas, eu nos meus últimos suspiros de vida fui jogado para fora da caverna, quem me salvou foi o sol, brilhava intensamente lá fora.

Escapei desse apuro, então novamente fui a montanha, quase sem forças e com vários ferimentos profundos, o pior de todos os ferimentos talhou meu coração, mesmo não tendo derramado uma gota de sangue, aquele ferimento estava muito dolorido, eu respirava com dificuldades, mas mesmo assim decidi retornar ao topo da montanha, lá chegando, o sol me recebe de braços abertos, me aquece e seca minhas roupas encharcadas com uma mistura de minhas lagrimas e as águas malévolas.

Nesse momento continuo de pé, porem sinto que esse ferimento calejou tanto minha alma, tenho medo que isso me faça endurecer de tal maneira que eu jamais conseguirei ser tão flexível como era antes disso tudo.

Hoje sorrio graças a o sol que me cedeu um pouco de suas forças

se não fosse assim jamais sorriria novamente, pelo menos o sol é sincero

clareia meu caminho para que eu não pise nos buracos que a vida reserva.

Agora serei mais cuidadoso, percebi que mesmo que tentem me destruir e sempre poderei contar com a ajuda do brilho carinhoso do sol para me consolar, não deixarei de subir a montanha por nada, lá é meu refugio

quem sabe algum dia alguém esteja me esperando lá no topo.

Autor: Salsidc

A andoliv salsidc
Enviado por A andoliv salsidc em 24/03/2014
Reeditado em 25/05/2014
Código do texto: T4741982
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