Incidente de Férias - (seriado parte 16)

A cada instante eu me sentia mais esperançoso e próximo de Acnadum. Voltei ao hotel e só então pude realmente relaxar e me entreguei pro sono.

Levantei bem cedo e contratei um guia turístico para me acompanhar até a estrada do mirante. Acho que coloquei uma expectativa exagerada que iria encontrar Acnadum de imediato, pois retornei arrasado.

A tal estrada de terra em questão conduzia a diversos sítios e ninguém soube informar a respeito de festa por ali. Também não havia nenhum mirante onde eu jurava ter participado daquela suntuosa festa. Naquele exato local só existia uma enorme clareira onde o mato parecia ter sido arrancado por uma ceifadeira de fogo, pois ainda era perceptível um cheiro de fumaça e mato queimado.

Ali sim, tinha espaço suficiente para a festa que participei.

Abri com o meu guia as questões que me levavam até aquele local e este achou improvável ter havido uma festa tão recente ali, ainda mais luxuosa como eu havia descrito. A questão do pouco tempo depois quando eu acordei já não haver vestígio algum de festa também tornava a questão mais condizente de ser uma fantasia minha.

Além do mais os organizadores teriam pouquíssimo tempo para desmontar tudo aquilo, ainda mais num lugar tão inóspito e por que fariam isso tão às pressas se a festa ainda continuava na cidade toda. Ele com uma nítida expressão de impressionado acabou me falando da possibilidade de ser mais um daqueles fenômenos envolvendo os tais “homenzinhos verdes do outro mundo”.

João Azeredo
Enviado por João Azeredo em 16/03/2014
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