Incidente de Férias - (seriado parte 8)

Eu estava tão maravilhado com ela que se fosse possível eu me casaria imediatamente. Isso era algo muito transformador dentro de mim, pois até algumas horas atrás era totalmente contra o casamente e totalmente a favor do “ir ficando”, “ir enrolando”, etc.

Naquele instante sentia que não suportaria apenas conhecê-la, ou ser um mero namorado e encontra-la de vez em quando.

Ficamos ali por horas trocando as carícias mais deliciosas que já pude experimentar, pequenos toques de mão no rosto e furtivos beijos que às vezes mal os lábios se tocavam. Eu pensava o tempo todo, não me acordem senão eu vou ficar muito bravo.

No decorrer da noite trocamos muitas confidências. Ela me revelou que se chamava Acnadum, que estava acompanhada de sua família, mas que não eram daquela região.

Estiveram ali há exatos dez anos atrás e agora pretendiam ficar por mais tempo, o que não foi possível na vez passada em função de um imprevisto que não gostava até mesmo de lembrar.

Eu ficava me questionando o tempo todo, como podia uma mulher tão linda, delicada e sensível estar ali comigo, ter se interessado por mim, justamente eu que era um bronco.

Eu não tirava um segundo os olhos dela, do seu modo de gesticular, de falar, tudo de forma muito meiga, delicada e feminina. Seu perfume mexia com as minhas entranhas, algo para não esquecer jamais. Seus assuntos eram alegres e graciosos e me encantava. Sussurrava palavras ao meu ouvido que mesmo sem um sentido lógico, me faziam viajar em delícias. Estava tão intenso e gostoso aquele momento que acabei me esquecendo da vida e, só dei conta de que estava acabando a noite quando ela me disse que tinha que ir. (continua na próxima edição)

João Azeredo
Enviado por João Azeredo em 07/03/2014
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