O lobo e a ninfa-Roendo a própria pata

Quando um lobo cai em uma armadilha ele tenta de todas as formas se livrar.

Ele morde , arranha , uiva pedindo ajuda da alcateia se debate e rola pelo chão na tentativa vã de libertar sua pata presa, ferida e quebrada por fim num ultimo ato de desespero, valentia e coragem ele roe a própria pata.

Ele sabe o que esta fazendo e esta disposto a fazê-lo.

Ele o lobo o faz por preferir morrer livre a viver na jaula ou se abatido por seu inimigo de forma covarde e traiçoeira como o fazem todos os ditos caçadores.

Ele o lobo por ser só sempre evitou armadilhas, pois nunca teria alguém para ajuda-lo se precisasse e ele nunca precisou não que nunca tivesse caído em uma armadilha na verdade ao longo de toda a sua vida caiu em varias armadilhas.

As maiorias tramadas por mãos que um dia se disseram amigas.

Mãos movidas por medo, inveja ou autoafirmação e preservação.

Mais o lobo de um jeito ou de outro sempre conseguiu se safar com um mínimo de dano.

Entretanto sempre teve uma armadilha que o lobo buscou evitar a todo custo uma particularmente mortal para ele e todas as demais criaturas que sonham e vivem o sonho mortal.

O amor o pegou o prendeu o abençoou e amaldiçoou na mesma medida.

Toda sua desconfiança e astucia não lhe valeram de nada ante a beleza de sua linda fada branca.

A beleza triste e solitária de sua ninfa das aguas o pegou desprevenido seu sorriso o deixou rendido e sem guarda.

Ele sentia o toque suave de sua pequena mão acariciando sua nuca eriçando os pelos do pescoço o deixando tenro e louco.

Ela sabia como torna-lo dócil e gentil e isso o deixava arisco e preocupado.

Até quando duraria?

Com que intensidade ela sentia esse amor?

Será que ela o amava?

E se amasse como era esse amor?

Ele não duvidava que fosse amado

Só não sabia o quanto de fato era amado

E isso era um problema de fato.

alexandre l tartaglia
Enviado por alexandre l tartaglia em 02/03/2014
Código do texto: T4713007
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