O lobo e a ninfa-Roendo a própria pata
Quando um lobo cai em uma armadilha ele tenta de todas as formas se livrar.
Ele morde , arranha , uiva pedindo ajuda da alcateia se debate e rola pelo chão na tentativa vã de libertar sua pata presa, ferida e quebrada por fim num ultimo ato de desespero, valentia e coragem ele roe a própria pata.
Ele sabe o que esta fazendo e esta disposto a fazê-lo.
Ele o lobo o faz por preferir morrer livre a viver na jaula ou se abatido por seu inimigo de forma covarde e traiçoeira como o fazem todos os ditos caçadores.
Ele o lobo por ser só sempre evitou armadilhas, pois nunca teria alguém para ajuda-lo se precisasse e ele nunca precisou não que nunca tivesse caído em uma armadilha na verdade ao longo de toda a sua vida caiu em varias armadilhas.
As maiorias tramadas por mãos que um dia se disseram amigas.
Mãos movidas por medo, inveja ou autoafirmação e preservação.
Mais o lobo de um jeito ou de outro sempre conseguiu se safar com um mínimo de dano.
Entretanto sempre teve uma armadilha que o lobo buscou evitar a todo custo uma particularmente mortal para ele e todas as demais criaturas que sonham e vivem o sonho mortal.
O amor o pegou o prendeu o abençoou e amaldiçoou na mesma medida.
Toda sua desconfiança e astucia não lhe valeram de nada ante a beleza de sua linda fada branca.
A beleza triste e solitária de sua ninfa das aguas o pegou desprevenido seu sorriso o deixou rendido e sem guarda.
Ele sentia o toque suave de sua pequena mão acariciando sua nuca eriçando os pelos do pescoço o deixando tenro e louco.
Ela sabia como torna-lo dócil e gentil e isso o deixava arisco e preocupado.
Até quando duraria?
Com que intensidade ela sentia esse amor?
Será que ela o amava?
E se amasse como era esse amor?
Ele não duvidava que fosse amado
Só não sabia o quanto de fato era amado
E isso era um problema de fato.