Antes de achar a pérola Branca (Parte II)
Clarisse realmente não terá um final feliz em sua história de vida?
Clarisse sempre foi uma menina melancólica, ela nunca teve sorte no amor e em outras áreas de sua vida também. Todos que se aproxima de Clarisse a fazem sofrer, ela não entende o porque as pessoas a decepcionam tanto, será que Clarisse atrai sentimentos ruins? Ela mesma se pergunta todas as noites em suas insônias contínuas.
Muitas pessoas falam que Clarisse tem o "dedo podre", ela não entendia o que era isso. Foi então que um dia, sua prima foi visitá-la e disse: - Clarisse eu tenho o "dedo podre" sabia?
E começou a sorrir muito! E Clarisse ficou abismada, ela não queria dizer que as pessoas também falavam isso da pessoa dela. Mas pensou que tinha que descobrir, então sorriu timidamente só no canto da boa e perguntou a sua prima: - Prima, o que quer dizer que você tem o "dedo podre" ?
Sua prima muio espontânea por sua vez, deu uma risada que estrondou a casa e respondeu: - Clarisse, "minha bichinha", isso quer dizer, que todos os homens que me envolvo ou gosto não prestam, só me fazem sofrer!
Clarisse olhou assustada para sua prima e finalmente entendeu o que todos pensavam e falavam dela. Ou seja, todos os meninos que Clarisse se apaixonava e se envolvia, ela sofria, pois nenhum era excluso de falha de caráter. O último que passou pela vida de Clarisse, desolou ela como pessoa como um furacão devasta uma cidade.
Antes dele, Clarisse tinha um lindo jardim plantado secretamente em seu coração, com folhas verdes, flores coloridas e perfumadas, principalmente as preferidas de Clarisse, tulipas roxas.
Tinha também um lindos castelo dentro deste jardim, com soldadinhos que o protegiam dia e noite. Clarisse também tinham uma paz imensa, criada por seu Criador e cultivada pelo seu guardião: A razão. Que faziam seus pensamentos e suas letras escritas fluírem naturalmente em seus papéis de carta.
Clarisse as vezes sentia seu jardim ficar tão nublado, escuro, como se os raios de sol não encontrassem o caminho para clareá-lo. Ela se sentia assim porque a solidão era companheira inseparável da menina. Pedia ao Criador em todas suas conversas à noite, que mandasse um jardineiro para cuidar do seu jardim secreto. Clarisse não sabia o que estava pedindo, porque qual jardineiro seria melhor do que o próprio que o criou?
O seu Criador prometeu ainda assim um jardineiro terreno para cuidar do jardim de Clarisse, mas ela não soube esperar, e em vez de alguém certo, ela permitiu que um lenhador fingindo-se de jardineiro, invadisse seu esconderijo.
Um dia Clarisse estava em seu trabalho mergulhando, quando de repente um barco todo branco clareou os corais que Clarisse analisava. Ela olhou e curiosa como é, e retornou à superfície para ver como era esse barco e de quem era também.
Quando Clarisse deu seu primeiro suspiro fora da água viu um homem naquele barco branco reluzente sorrindo, ele um pouco desprovido de beleza, mas era muito simpático e chamou-a e estendendo a mão quando a viu.
- Venha! Suba aqui, eu te ajudo até chegar a beira da praia!
Clarisse o encarou com aquele seu olhar sombrio, e ele assustado, mas ousado continuou: - Calma, não tenha medo! Eu não mordo!
E sorrindo completou: - Sou mergulhador também, e sou especialista em pérolas! Estou a procura de uma rara! E você?
Ela se surpreendeu porque também estava à procura da mesma. Fez uma cara de quem não confiou muito, mas aceitou pois a procura de ambos era mútua. Ao subir, ela avistou muito equipamentos de mergulho, sendo todos da mesma cor, coincidência ou não, eram da cor preferida de Clarisse, vermelho!
Admirou-se mas não deixou transparecer. Então, o rapaz se apresentou a Clarisse: - Oi meu nome é Ricardo e o seu?
Ela com muita vergonha, mas de forte personalidade, levantou firme a cabeça e olhou nos seus olhos e disse: - Clarisse. Ele por sua vez retrucou: - Prazer Clarisse! Ela no seu pensamento respondeu a ele, que o prazer, era só dele. Clarisse é uma fera indomável.
Então começaram a conversar sobre o mar, suas descobertas nos corais e o quanto ambos almejavam achar uma pérola rara. No meio da conversa, Ricardo interrompeu: - Clarisse o papo ta muito bom, mas estou com fome! Vou preparar algo pra nós pois a viagem de volta é longa, fique à vontade!
Ela o agradeceu a hospitalidade e ficou na proa sentada, admirando aquele belo pôr-do-sol que tanto a encanta e ela não se cansa de olhar. Quando então de dentro do barco ouviu Ricardo gritar: - Olha moça, vou botar uma música aqui que gosto muito espero que não se incomode!
Ela já fez uma careta, não imaginara o que estava pra ouvir. Quando menos espera, escuta sua música preferida da época que gostava de dançá-la, e correu até a cozinha do barco e começou a cantar, quando Ricardo percebeu que ela sabia a música, se virou e os dois juntos começaram a cantar e dançar juntos feitos loucos que não sabem dançar.
Se desequilibraram, caíram no chão e riram de tão desajeitada dança e olharam um para o outro, e naquele momento algo diferente ela sentiu. Começaram a comer e conversar muito, não tinham muito em comum, a não ser a profissão dos dois e essa música, retornaram à beira da praia, Clarisse agradeceu com um aperto de mão e ele por sua vez fez continência de capitão para ela.
Foi ai que tudo começou, um romance que se tornaria em tragédia, e não romântica. Depois de muitas saídas juntos, Ricardo pediu Clarisse em namoro, ela aceitou, pois ele se mostrava alguém especial, diferente, confiável; pelo menos é o que Clarisse achava, não sabia que detrás daquela capa havia alguém vazio de sentimentos.
No primeiro ano de namoro, Ricardo se mostrou incrível, mas quando fizeram dois anos, ele começou a mostrar sua garras de lobo, em vez de príncipe um sapo!
Ricardo começou a tratar Clarisse com frieza, indiferença, preferia sair com seus amigos e sempre deixava Clarisse no sábado à noite em casa e sozinha. Começou a sumir por dias sem ligar, ou atendê-la? nem pensar! Quando aparecia, não respondia nenhuma das perguntas de Clarisse.
E ela foi se enchendo de tanta desculpa, mentiras, ela sozinha naquela sala, ajoelhada, pedindo ao seu Criador que há tirasse daquela situação, que a fizesse esquecer esse monstro em corpo de humano. Apesar de tudo que Clarisse fez por ele, ele não a considerava ou era agradecido.
Então foi assim, Ricardo; o lenhador invadiu o seu coração sem pedir licença e devastou todo o seu lindo jardim. Sua folhas ficaram cinzas e secaram sua flores perderam o brilho e murcharam. Ele matou os guardiões do seu castelo e arrombou a porta sem nenhum carinho.
Entretanto esse lenhador não satisfeito com toda maldade, contou uma historinha bonitinha de casamento para Clarisse, e ela acreditou e ele se aproveitou de sua confiança e destruiu totalmente o seu guardião maior, sua razão.
Clarisse estava simplesmente cega de ilusão, estão depois de um mês e meio sofrendo, chorando sem ver ou ter notícias dele, Clarisse viu que "VOCÊ SÓ É FORTE, QUANDO A SUA ÚNICA ALTERNATIVA FOR ESSA".
Clarisse foi ao encontro de Ricardo, soube que ele estava em um determinado local, e o encontrou com outra mulher aos beijos e sorrisos. Clarisse simplesmente olhou, caiu uma lágrima, mas a mesma lágrima veio acompanhada de ódio e fúria, então Clarisse correu, correu e correu tanto que parou em um lugar que não sabia onde estava.
E desistiu de Ricardo, esse foi o duro término. Ele até tentou o reconquisto de Clarisse, mas ela já estava couraçada com tudo que originara-se dele e então ela prometeu para si mesma que trancaria seu coração e não deixaria mais nenhum homem a fazê-la sofrer poderia até se relacionar, mais agiria pela razão, e quando visse que não estava sendo correspondida ela pularia fora.
Depois disso, seu coração solitário ficou, e durante um ano. Clarisse não se importava com os seus pés e mãos que sangrava ela só olhava para seu coração que se debilitava com tanta mágoa.
Clarisse reencontrou seu amigo Eduardo, que tentou ajudá-la com conselhos e conversas mas, sem sucesso.
Clarisse decidiu que apenas iria adorar seu Criador e continuar seus mergulhos, que os mesmos seriam seu eterno legado de amor.
Continua...