Usina Cucaú
Quanto verde guardas em ti amada terra doce de Cucaú!
Teus morros encapelados pelas ondas vegetais que oscilam sob o ritmo frenético do vento orgulhoso, domina a paisagem movimentada do lugar, traz suavidade em alegre bailado sem fim, lindo ,tão belo lugar!
Tuas estradas brancas, de areias finas, desenham arabescos sob a luz da lua cheia entre o vasto canavial parecendo envolvê-lo com carinho materno na beira daquele rio.
Enquanto tu dormes em paz, doce Cucaú, embalada pelas mãos do Senhor que te fez com esmero e de verde te pintou os quero- quero da noite te sobrevoam alegres, e com o canto vem a te saudar.
De tuas entranhas, vertes as águas claras e frias onde em pequeno leito nasce o córrego do Muçú.
No deleite das águas, como diz a lenda quem dela beber, de Cucaú sairá jamais!
Oh, linda, derramas o mel e com cheiro forte perfumas doce e delicadamente o lugar. E dele não esqueceremos mais.
Na noite o teu ar é frio, agradável de sentir, especial para dormir sentindo esse cuidado como o de uma mãe acolhedora e afetuosa, como tu sabes bem ser.
Farta repleta e pura vais assim se doando ano após ano, desprendida, tu só queres amar e acolher os filhos que em ti esperam.
Os pés que te pisaram levam consigo doce marcas da grandeza da beleza que há em ti.
Ó adorada Cucaú que nos acolheu. Como és bela ,como és doce, teu verde manto é emoldurado pelo céu azul!
A mata do Jaguarão desenha no horizonte de teus vastos morros, linhas que se balançam ao longe, envergando seus galhos para beijar-te em um beijo apaixonado da natureza exuberante.
Tu encantas, exprimes tua natureza, rica e farta, na cana de açúcar, nos morros côncavos cobertos de doces encantos.
O apito grandioso da usina, é também saudoso e manso traz a esperança e boa-venturança.