Ao chegar em casa, Suzana estranhou que Felício também descesse e despedisse o táxi. Quando notou a estranheza da moça, o empresário disse que precisava conversar seriamente com ela e não poderia permitir nenhuma intromissão. Assim pediu permissão para ficarem ali mesmo e conversarem.
Suzana o convidou a entrar e sentar. Disse-lhe que tomaria um rápido banho e faria em café.
Nesse meio tempo, Felício vencido pelo cansaço dormiu no sofá da sala.
Quando Suzana voltou com a bandeja, o encontrou profundamente adormecido.
Penalizada pelos problemas que o patrão passava, resolveu deixá-lo dormir e refazer-se. Foi ao quarto, apanhou um edredon e o cobriu. Felício assim ficou e nem se mexeu.
Ao abrir os olhos, já com a noite alta, Felício estranhou o ambiente, numa rápida e repentina amnésia, que logo se aclarou quando viu Suzana cochilando na poltrona ao lado, diante da TV ligada. Aí o empresário lembrou-se dos acontecimentos do dia e de como estava cansado.
Sentindo-se mais forte e calmo, dobrou o edredon calmamente e aproximou-se de Suzana. A moça sentindo-se observada, abriu repentinamente os olhos.
Com um tímido sorriso, levantou-se e perguntou como ele estava.
Felício disse que estava bem e que precisava verificar os e-mails para saber notícias da esposa no Japão e em seguida eles conversariam sobre o andamento da empresa, para tomar as medidas decisivas, antes de sua volta para o outro continente.
Suzana acompanhou-o ao miniescritório no qual tinha sido transformado o outro quarto do apartamento e disse-lhe que ficasse à vontade.
Felício iniciou sua leitura e esqueceu-se até de Suzana, mas satisfeito por saber que tudo se encaminha bem com Sofia, pois houve uma ligeira, mas propícia mudança no seu quadro de saúde.
Após terminar a leitura, chamou Suzana de volta e começou a negociação. A primeira coisa foi nomear Suzana sua assessora direta diante dos outros sócios, o que mais tarde lhe proporcionaria uma sociedade pequena, mas significativa.
Já no dia seguinte iria providenciar a transferência para o nome de Reinaldo aquilo que tem legalmente direito para que viva a vida ao lado da mãe. Não lhe dando nenhuma oportunidade de retrucar, simplesmente que aceitasse.
Suzana, à princípio assustada, achou que seria muita responsabilidade, mas Felício garantiu-lhe que nada seria diferente do que já vinha acontecendo, já que ela carregou a empresa nas costas sem nenhuma ajuda por parte de Reinaldo. E que o cargo seria uma forma também de mantê-la na empresa em sua ausência e que toda e qualquer atitude que trouxesse indecisão, ele estaria ao alcance de um clique.
Disse-lhe ainda que não demoraria muito a retornar definitivamente, pois aguardava apenas Sofia ficar mais recuperada para aceitar a proposta de separação feita por ela mesma.
Assim, Reinaldo iria morar com a mãe, pois sabendo do estado de saúde dela, nada faria para aborrecê-la, e ainda assumiria os negócios que ficassem por lá, sem mais nenhuma interferência de sua parte.
Correram os dias, e finalmente Reinaldo retornou para o Brasil e ele e Sofia assumiram uma nova vida nos negócios e no amor.
Final
Regina Madeira
"imagem do Google"
Bom dia, amigos Recantistas
Desejo-lhes o que há de melhor.
Abraços carinhosos