A verdade que sempre esquecemos

Naquela manhã sem vida,o relógio andava devagar

procurando motivo para continuar.A janela fechada

brigava com os raios de sol,não tinha fome,pouca

coisa me chamava a atenção,uma noite difícil de pouco

sono,umas bebidas a mais e uma mulher sem nome,era

do que me lembrava.

Já era hora de encarar,a verdade,viver minha realidade,de cueca não se chega a lugar algum.Um barulho estranho vindo do

banheiro,um chuveiro ligado,uma cantoria,como assim?quem?

não tinha respostas pra isso,a menos que abrisse a porta,a dor de cabeça voltou,com tudo.

Abrindo a porta . . .

_oi,gato,acordou?,achei que fosse dormir pra sempre.

"oi gato" . . . nunca fui gato de alguém.

Abri a cortina do box,linda,corpo escultural

um sorriso que sempre esperei a vida toda

em qualquer manhã,no entanto,era a mulher sem nome.

Como explicar que não sabia quem era ela,e pior,o que fiz

para ela ter ficado aqui em casa.Ofereci um chá,saí para comprar

nosso café e por a cabeça no lugar,organizar pensamentos,tentar

me lembrar se tinha transado com aquela deusa,mas nada,o que eu bebi,que coisa tão forte,que me tirou a melhor lembrança em muitos anos,me odiei por alguns segundos,estava prestes a perder a mulher da minha vida,por não saber nada sobre ela.

Voltando pra casa,outra surpresa,a casa arrumada,a mesa posta,um avental,um sorriso e nada mais.

_olha temos algumas coisas a acertar,desculpe,mas não me lembro de nós ontem,de ter morrido,e de um anjo ter me salvado,desculpa.Como é seu nome,mesmo,o meu é Robert.

_Depois que tu bebeu,cheirou,era de se imaginar que tu não se lembraria de nada,de mim,muito menos,deixa eu te explicar.

_ ontem estava no Pubs,e tu chegou meio de cabeça baixa e colou no bar,bebeu horrores,me chamou atenção,um homem tão sozinho,fui até onde tu estavas e puxei conversa,tu achou que eu fosse prostituta,sei lá,falou umas bobagens,depois chorou muito,não parava de falar,saímos do Pubs e tu queria cocaína,disse que conhecia um cara,de carro fomos ao baixo village e compramos o pó,mas tu não cheirou se afogou,depois me confessou que nunca tinha usado,e que nem sabia como era,perguntei o porque disso tudo,tu me disse que queria impressionar,que eu era tão linda que não sabia o que fazer,depois viemos pra cá,e tu dormiu até agora.

_não transamos !

_não,apenas tu me pediu pra te abraçar,enquanto dormia.

_que idiota,tu deve ter pensado?

_não,a tua verdade,me conquistou,tu quis de mim,o que nunca ninguém quis.Carinho,e pra mim,vale para uma vida inteira,gato.

Agora quanto a nossa transa . . . pode ser quando tu quiser

te devo essa,gato.

DAVIDEUSEI
Enviado por DAVIDEUSEI em 10/01/2014
Código do texto: T4643496
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