Uma noite no castelo!

No átrio do castelo do Conde Drécown, em meio a grandes colunas de mármore, meus pés deslizavam naquele chão brilhante e límpido como cristal. Meu corpo balançava no ritmo da música celestial, meus cabelos voavam e meu sorriso por si só falava o tamanho da minha felicidade. Estávamos todos sorrindo e dançando, hora eu bailava com um, hora com outro, brincávamos feito crianças.

Trocamos mais uma vez de casais, agora estava nos braços de um lindo homem loiro que me hipnotizava e seduzia com aqueles perfeitos olhos vermelhos. Com medo do que estava por vir e ansiando ao mesmo tempo fechei os olhos e deixei-me levar pela magia daquele momento. Uma de suas mãos estava firme em minhas costas me conduzindo a outra junto a minha acariciando a palma da minha mão. Ao abrir meus olhos encontrei-o sorrindo e disse-me. —Quero mostrar-lhe uma coisa. Vem comigo? Balancei a cabeça positivamente, não tive coragem de verbalizar, acredito que naquele momento minha voz não sairia.

De mãos dadas levou-me pelos imensos corredores do castelo até seus aposentos reais. Ao adentrar a beleza daquele local fizera-me parar, as imagens eram quase surreais. Seu quarto lindamente projetado com uma atmosfera requintada e contemporânea. A cama com dossel era maravilhosa toda laqueada branca com cortinas de puro linho em seda azul. A frente um tapete felpudo com um sofá redondo branco, diversas estantes com livros.

Olhei-o de soslaio, estava com seus olhos fixos em mim, tocou seus dedos em minha mão, senti o calor da sua pele bem como uma suave pressão do seu toque. Conduziu-me a um espaço aberto parecido com uma varanda. O céu concedia um espetáculo de beleza, a Lua brilhava proporcionando uma imagem que encheu meus olhos despertando minha imaginação para os mais belos contos, poesias e declarações de amor.

Sua mão deslizou leve em meus cabelos descendo até o pescoço lhe dando melhor acesso, senti seu hálito quente tocar em minha orelha e sussurrar. —Você é tão bonita quanto a cada estrela deste céu.

Suspirei fechando os olhos. Seus lábios tocaram meu pescoço ativando todos meus sentidos, meu corpo vibrou e estremeceu, coração bateu acelerado não consegui mover-me, o medo me paralisou. Senti seus caninos em minha jugular segundos antes dele arrastá-los em toda extensão do meu pescoço.

Todas as minhas dúvidas e perguntas não respondidas estavam claras neste exato momento. Aquele era um castelo de Vampiros e eu estava nos braços de um Deles na eminência de ser mordida. Meu corpo totalmente inerte. O mais estranho era que eu queria ser mordida, eu desejava e busquei isso.

Tinha de ser Ele, só poderia ser Ele a me morder, o mais lindo e apaixonante dos Vampiros. Ainda com olhos fechados, abri meus lábios e gemi em antecipação. Com meus sentidos ainda fragilizados ouvi ao longe sua voz.

—Ainda não minha Deusa, não aqui e nem agora, mas não tenha dúvidas que será eu a lhe transformar e você será minha.

Não sei quanto tempo passou quando despertei estava dentro do meu quarto deitada em minha cama. Olhei em volta procurando vestígios do Vampiro destinado a mim e ao lado do meu travesseiro encontrei uma perfeita rosa branca.

Foi real, ele é real e virá me buscar. Quando? Não sei.... Mas virá, e estarei pronta para ser sua, para ser do meu VAMPIRO.

Luk Gegesk

LUC GEGESK
Enviado por LUC GEGESK em 27/12/2013
Código do texto: T4627228
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