A loura fatal!!
Era uma manhã de sexta-feira quando ela surgiu em minha frente. Eu estava contemplando um monumento do Víctor Brecheret e as bandeiras no Parque Ibirapuera.
Ela era um monumento humano de um metro e oitenta era muita beleza. Ela aproximou-se de mim.
-Bom dia!
- Por favor,você poderia tirar umas fotos  nossa em frete ao monumento com minha amiga?
-Sim com prazer.
Na lente da câmera pude contemplar o brilho da sua alma, a pureza de seu sorriso, sentir o perfume de seu corpo bem de pertinho penetra no infinito dos seus olhos verdes. Queria acariciar seu rosto angelical através de meus infinitos pensamentos, fiquei flutuando diante daquela mulher. Era a figura de um anjo que estava en minha frente, antes nunca tinha visto; tanta beleza , cada vez mais nos aproximávamos através das lentes da minha câmera, cada vez mais meu corpo ardia em chamas,  eu era todo um vulcão incandescente, meu corpo ardia de desejo de abraçá-la,  beijá-la,  sussurrar em seus lindos ouvidos.
Meu coração disparou, as minhas pernas ficaram flutuando pro sobre a grama eu me sentia como uma folha no ar ouvindo sons de sinos, estrelas brilhando em plena manhã ensolarada.
Na pauliceia desvairada do Mário de Andrade eu também me sentia desvarado, em todos os sentidos, não conseguia raciocinar direito diante daquela linda mulher fascinante, meu fôlego ficou ofegante, não via o tempo passar.  Era uma linda manhã de sexta-feira 7 de setembro,  dia da independência do Brasil é o fim da minha solidão amorosa,  ela era tudo que um homem de bom gosto poderia querer na vida.
-De onde vocês são?
- Do Paraná,  da cidade de Ponta Grossa.
- Ela é minha amiga Ivone Venturele, eu sou Isabel Zélia Muciel e você?
-Meu nome é Tone Moreira.
Surgiu uma conversa muito agradável e também uma paixão fulminante. Na hora do convite para visitar o resto do parque não demorou muito já estávamos de mãos dadas, nos anos 70 era comum as pessoas vestirem-se de jeans era como ela estava trajando um conjunto  jeans com uma blusa vermelha bela, com seus cabelos  louríssimos,  olhos verde como uma pedra de esmeralda, sorriso belíssimo penetrante,  rosto rubro como uma maça nos campos de Santa Catarina, era tudo tão mágico que parecia que eu estava sonhando, mas era mesmo verdade, real foi a paixão fatal. Passaram-se dois meses, ficamos noivos, marcamos a data do casamento, não queríamos ficar longe um do outro.
Como já disse era uma paixão avassaladora, finalmente chega o grande dia do casamento com direito a igreja toda decorada a noiva lindamente vestida com um belíssimo vestido branco representando a pureza do nosso amor.
Quando a noiva adentrou  na igreja minhas pernas tremeram, a noiva estava acompanha de seu pai ao som da marcha nupcial de Mendelssohn   música clássica, era tudo muito belo a igreja repleta de convidados, decorada com cravos vermelhos,  flores brancas de Bugaris.
Um perfume inconfundível, depois do casamento fomos para o salão de festa receber os comprimentos dos convidados, depois  de toda a festança fomos passar a lua de mel em uma praia bucólica em Icapuí no litoral cearense.  Estava tudo muito bem até que o avião levantou voo com o barulho das turbinas eu me assustei e acordei com o despertador westclok de duas companhias despertando.
Eu quase caí da cama assustado,  revoltado foi quando me dei conta que não passava de um  anjo torto que tinha soprado nos meus ouvidos aquele malfadado sonho. Depois de jantar, uma grande Pizza de muçarela, foi uma noite mal dormida. Acordei desorientado,  meu coração  estava deserto e  solitário
Vazio,  carente  de amor, não tinha ninguém comigo naquela manhã.  Era um delírio, não passava de um pesadelo, aquela Mulher não existia. A loura era  Fatal!!!

  

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Antonio Laurentino Sobrinho
Enviado por Antonio Laurentino Sobrinho em 23/12/2013
Reeditado em 22/02/2018
Código do texto: T4623302
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