PETER E KAREN, AMOR ETERNO
Pouco a pouco a respiração de Peter foi se tornando mais suave. A chama da vida se apagava lentamente. Seus olhos se fecharam e então, seu coração parou de pulsar.
Peter flutuou no espaço. Do alto, viu seu corpo inerte sobre o leito. Sentiu uma leveza, uma sensação de liberdade. As dores sumiram e o ar que ele respirava era de uma pureza que ele nunca havia sentido. Tentou caminhar e percebeu que não era necessário trocar passos; seu corpo flutuava obedecendo seus pensamentos.
O som suave de violinos e harpas espalhava-se pelas alamedas floridas. Não era manhã, nem tarde; simplesmente era dia; um dia iluminado, dourado pelos raios do sol e com o horizonte cor de laranja. Um arco-íris enfeitava a abóboda celeste. Tudo era de uma beleza imensa, indescritível.
Uma brisa suave soprou de repente. Peter sentiu que algo estava para acontecer.
Anjos surgiram tocando trombetas, anunciando a chegada de alguém. Entre raios prateados Peter avistou Karen a lhe sorrir com os braços estendidos a lhe chamar. Bela como nunca, envolta em uma alva veste, sua amada lhe convidava para seus braços.
Entre lágrimas se reencontraram e ao se abraçarem os canteiros se enfeitaram com as mais belas flores.
O chão cobriu-se de pétalas de rosas vermelhas e o azul do céu coloriu as águas de belos lagos.
Seus corpos se fundiram por momentos e eles se tornaram uma só pessoa. Os lábios de Karen colaram nos lábios de Peter e um longo beijo selou a eternidade daquele amor.
Peter e Karen juntos para sempre. Nunca mais a solidão os atormentaria.