O BEIJO DE AMOR DE CISNE
Foi somente um beijo e o coração pulsou forte. Fez um grande rasgo no planeta avermelhado da paixão. Acumulou tons e matizes de expectativas.
- Alfredo... Eu te amo! - Posso não ser correspondida agora, mas o beijo que te dei tu jamais esquecerá... Disse: Cisne.
Num dia claro e envolvente – organizando e arquitetando ideias. Cisne, uma linda moça, de olhos de luz paradisíaca e branda negritude, pegou seu coração e não deixou enfurnar no pátio das desesperanças e sabendo da aglutinação, da claridade, que ora espessada – uma textura estelar que está plantada no fundo da alma.
Maquinações de doces afetos, sons de trombetas angelicais que fraturam horizonte. E tudo aquilo guardado no peito será um tiro certeiro na órbita sonora de Alfredo.
Na exata noite do mesmo dia – encrespou seu amor em fortes estrofes e construiu imaginações concretas. Concluiu que, ama demais Alfredo e não poderia jamais perdê-lo.
Quando se pensa em cores – quando se encandeia sonhos. Nos rastros, a fluidez dos reflexos do frenesi - coisa que se sente nas insinuações e suposições. A luz, a névoa, o calor das imagens – tudo se torna perceptível. Até mesmo, os vidros e aços dos geométricos bosques arqueados do cotidiano.
Disposta a interpor as ilhas azuis e as símiles do amor concretizado no coração de Alfredo, Cisne - decidiu procurá-lo – Embarcou num avião... Incrementou seu Oásis límpido.
Depois, numa tarde ensolarada - aguardou o sorriso de seu amado. Seguiu a luminosidade sonorizada e esperou o vasculhar e o cheiro do amor...
Edição de imagens:
Shirley Araújo
Texto: O beijo de amor de Cisne
Shirley Araújo
Texto: O beijo de amor de Cisne