Conto - Sede de Amor - Sexta Parte

Valentim era primo de Eric.O Senhor Amaro e a Senhora Elba eram irmãos. Os filhos mais novos da família. Havia o filho mais velho, o Senhor Ernesto, que foi embora ainda jovem para São Paulo,para crescer na vida, e nunca mais deu notícias.Ernesto começou a vida na capital Paulista como camelô. Deu muita sorte nos negócios, pouco tempo depois foi trabalhar numa empresa de automóveis, onde o dono gostava muito dele.Como ele era muito econômico, juntou dinheiro por um bom tempo, e após uns oito anos de trabalho abriu seu próprio negócio. Logo depois de mais uns dois anos Ernesto já tinha sua própria empresa de automóveis e seus negócios renderam . Não quis casar-se,não tendo nenhum filho. Mas o destino quis que ele adoecesse com um câncer de pulmão, e já avisado que não teria cura ele se lembrou dos parentes . Entrou em contato com sua irmã Elba,o que ficou sabendo da morte de Amaro e também de seus queridos pais. Então só restava da família Elba, e seus dois sobrinhos, Eric e Valentim. Fez o seu testamento deixando uma boa quantia para Elba depositado num banco, e todas as suas ações, colocou como donos seus sobrinhos , e também tudo que era seu.Elba havia-se casado com um mineiro de Itaobim, e havia muitos anos que não ia na casa dos seus pais, onde ela também teve sua infância, junto com Ernesto e Amaro, mas pouco se lembrava de Ernesto, sendo que ela era a mais nova dos três ,e ele foi embora com 18 anos. E já havia passado quarenta e cinco anos.Então ao saber do testamento do seu irmão, pelo advogado e tabelião que vieram de São Paulo ,depois do falecimento de Ernesto, seu irmão, Elba, muito triste enviou o seu filho Valentim para procurar seu primo Eric no sertão baiano.Mas ávida lhe reservara uma surpresa nada agradável...encontrar o primo nas últimas. Depois de tomar conhecimento com Letícia, Valentim foi ao quarto do casal , e penalizado do fato, contou tudo para o seu primo e mostrou-lhe o grande afeto e pesar que sentia pelo estado em que ele se encontrava.Eric ainda agradeceu ao primo, e pediu a ele que cuidasse bem da sua esposa, que agora ela estava sozinha, pois sabia que ia morrer. Era estava com tuberculose, e a doença já tomara os dois pulmões. Valentim queria levar o primo para são Paulo, mas sentia que ele já não agüentaria mais. No terceiro dia que Valentim chegara Eric já amanhece mal, e naquela noite mesmo Eric faleceu. Letícia estava atordoada. Não sabia o que fazer. Seu marido morrera , ela estava num estado de torpor. Os poucos vizinhos chegavam, logo que os caseiros foram avisar.Valentim foi á cidadezinha mais próxima e resolveu todo o funeral. Margaridas amarelas e brancas enfeitavam o caixão.Tudo estava como no dia em que Letícia tivera o pesadelo. Não passara nem quatro meses depois que ela se casou. No outro dia, às nove horas, o enterro foi num terreno baldio, onde havia restos de cruzes , um antigo cemitério ali existente. Só havia alguns vizinhos, o casal que cuidava da casa,Valentim,Letícia. O caixão foi levado numa carroça , tal qual era o costume ali naquela terra.Letícia chorou muito a falta do marido. Estava atônita . Não sabia ainda o que faria da sua vida.

Autora: Margareth Rafael

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Enviado por margarethrafael em 11/12/2013
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