Pós-te-ver.

A cama está desarrumada, o seu travesseiro ocupa o lugar ao lado do meu. Tão certo. Tão bonito. O seu cheiro está no meu pescoço, meus lábios sentem sua pele pressionada a ele. Tão inacreditavelmente perfeito. Meus dedos sentem os seus ainda entrelaçados a eles, como se sua partida tivesse sido apenas imaginada. Mas você saiu, é fato, e, por mais que eu saiba que logo nos veremos, esse sentimento de que falta alguma coisa todas as vezes que você está longe é incontrolável. Falta você, entende? Por um tempo ínfimo, é certo, mas falta.

E esse amor que eu sinto… Esse amor que nós sentimos… Ah.. É tão nosso. Cada vez que sua respiração encontra a minha no breve momento que antecede o toque de nossos lábios, cada vez que minha carne se arrepia com a aproximação de sua carne, cada vez que nossos lábios se devoram com desejo e com amor, eu sei que as estrelas estão brilhando no céu porque a vida é certa ao seu lado. E, se o brilho do céu é capaz de inebriar-me menos que o brilho dos seus olhos, eu sei que as curvas do meu corpo se encaixam às suas não somente por coincidência e por escolha, mas por sermos partes perdidas de um só que se encontraram numa esquina perfeita.

A verdade é que metáforas foram feitas para proporcionar prazeres estéticos, mas as batidas incessantes em meu peito poderiam ser traduzidas pelas três clichês palavras que incessantemente repetimos um ao outro. Eu amo você. E há estrelas que deixam de brilhar, há pássaros que deixam de cantar, há corações que param de bater. Não importa. Esse amor me consome com uma força incomparável, e eu sei que é eterno. Não há amor que deixa de viver.

Raíssa César
Enviado por Raíssa César em 05/12/2013
Código do texto: T4600102
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.