Árido
O chão debaixo dos meus pés é árido. Tal qual seu olhar, suas palavras. O deserto todo me invade à mínima tentativa de protesto. A garganta seca com os nós apertando, cada vez mais fortes. Lágrimas são a única salvação. Uma rachadura prolonga-se entre nós. Sua silhueta, cada vez mais distante; logo será apenas como um cavalo negro que cavalga meus sonhos mais felizes – ou tristes? - Como pudemos deixar isso acontecer, meu amor? Faz silêncio aqui no vácuo. Não será mais dita. Nenhuma palavra.