No dia mais ensolarado de janeiro
Soltos como o vento estavam aqueles dois, sob uma árvore, no dia mais ensolarado de janeiro, os olhares fixos um no outro, assim as horas se passavam em minutos e todos os problemas eram substitúidos por abraços e sorrisos.
Havia uma montanha naquele lugar, na qual todos os homens, tanto visitantes quanto os que por ali moravam, jamais conseguiram subir. Então o velho pai da moça, que não era bobo, disse que só aceitaria o casamento se o rapaz conseguisse escalá-la, e assim ele partiu com a esperança de se casar com a menina que conhecia desde pequeno, levou mantimentos, roupas e cordas.
Uma semana depois do desafio do homem, o rapaz estava numa árvore, pendurado a alguns metros do topo, e segurando-se entre os galhos, desceu até o chão, lá ele achou uma cabana abandonada, curioso entrou. Era a provável casa de Jack Wister, o mito lendário que vivia entre as montanhas, mas lá dentro não havia nada de especial, então o rapaz colocou fogo na lareira até que a fumaça assumisse uma altura considerável, então ele partiu rumo a casa da menina que tanto amava.
Dez dias se passaram e ele chegou, com todos os moradores o idolatrando, mas quem ele mais queria ver não estava lá, o velho pai da moça a mandou embora de trem pela manhã, o rapaz desesperado pegou o cavalo dos seus pais e saiu em direção a estação mais próxima, mas não a encontrou por lá, ele partiu ao sul, percorreu durante dias e dias até chegar próximo a uma das estações mais antigas do condado inglês, mas o pobre jovem desmaiou, e no meio de tanta gente ele encontrou o sorriso pelo qual se apaixonou.