O primeiro Amor Sempre é Único
Ela ainda sonhava com estrelas e um amor eterno
Mas era só uma menina de riso esperanças e nos cabelos fita...
Ele ainda não sonhava, era belo entre os belos e de amores brincava...
Se ele sonhou, não sei dizer, mas ela... Ela o amou
Se ele mentiu, não sei dizer, mas algo que não conhecia sentiu...
Mas a vida, cruel, que esmaga fracos ventou forte ...Ele e Ela sem paradeiro
Ele perdeu o que jugava conquistado, Ela a inocência e a fita cor-de-rosa de seu cabelo!
Ela ainda sonhava com estrelas e um amor eterno
Mas era só uma menina de riso esperanças e nos cabelos fita...
Ele ainda não sonhava, era belo entre os belos e de amores brincava...
Se ele sonhou, não sei dizer, mas ela... Ela o amou
Se ele mentiu, não sei dizer, mas algo que não conhecia sentiu...
Mas a vida, cruel, que esmaga fracos ventou forte ...Ele e Ela sem paradeiro
Ele perdeu o que jugava conquistado, Ela a inocência e a fita cor-de-rosa de seu cabelo!
Esta é a historia não de um amor, mas do primeiro amor, estes amores geralmente são lembrados em dias quentes, ou floridos pela primavera, mas há amores que chega junto com a chuva e o frio, nuvens cinzas são portadoras de boas lembranças e foi em uma tarde chuvosa que Mariana lembrou do seu colorido amor. As gotas pesadas caiam de encontro a sua janela como quisesse invadir e molhar seu corpo, mas o vidro a mantinha segura da chuva, mas a ardilosa saudade fazia seus olhos brilharem por um amor o qual havia jurado nunca mais chorar.
Ela era uma menina não conhecia as tristezas do amor e nem as suas felicidades, não pensava ainda no que as meninas da maioria de sua idade pensavam, mas Eros fez-se presente no dia em que do lado de sua casa um rapaz abria o portão e pegava sua bicicleta para ir ao colégio, Mario tinha algo em comum com Marina ele não pensava em amar, mas sabia que as moças morriam de amores por ele, e se divertia com isso, e por ser frio com elas, e porque não dizer, cruel, passou a ser um tabu, a menina que o conquistasse seria a princesa do bairro, e não era para menos, sua beleza era estonteante, a pele clara combinava com os cabelos negros que lhe caiam na testa, sua boca de lábios levemente fartos harmonizava-se com seus traços delicados, mas o que mais chamava atenção no rapaz alto e esguio eram seus olhos esverdeados e sedutores, sempre trazia consigo um sorriso guardado nos lábios e o seu porte altivo não provocava somente paixão, mas homens novos e velhos odiavam sua graciosa arrogância. Quando Mario olhou Marina algo nele se agitou, ele não sabia dizer se eram suas curvas sinuosas, sua pele lisa e seus cabelos longos e negros, se a delicadeza dos traços de seus rosto, que estranhamente parecia-se com os dele, ou os seus olhos grande e castanhos que eram impenetráveis e parecia não se render diante dele. Um ignorante que os visse lado a lado poderia dizer que eram irmãos. Marina era orgulhosa, estava fascinada por Mario, mas nunca deixaria que ele percebesse, ela também era conhecedora do fascínio que provocava nos rapazes, embora isso não fizesse diferença até aquele momento que o tão desejado rapaz surgiu em sua frente.
Depois daquele encontro Marina não pensava em nada que não fosse Mario, todas as musicas, todos os aromas, seu coração esfriava suas entranhas e batia forte, tão forte ao ponto de doer.
E assim foi, olhares e sorrisos que duraram meses, os amigos de Mario pressionava-o cobrando dele uma atitude, Marina por sua vez escondia de todos, embora faltasse desmaiar ao vê-lo não permitia que sequer ruborizasse. Ela não era Fácil e isso era mais que claro.
Não há nada mais belo que o primeiro amor, e os dois tanto estavam envolvidos na conquista um do outro que não perceberam que a paixão de ambos já havia sido percebida por toda a vizinhança, que como toda boa velha vizinhança não fugia as regras, a maioria gastava mais tempo com os acontecimentos nos lares alheios que nos seus próprios e a família de Mario fazia parte desta panela; Não consentiam a ideia do filho enrabichado por uma “pobretona” pois se eles eram iguais em beleza e em sentimento, eram o extremo em diferença de bens, a família de Mario de todo o bairro era a mais bem colocada socialmente falando, embora o local fosse de classe baixa, o padrão de vida da família era de classe média alta, tinham a maior casa, comércio, carros, os filhos estudavam em escolas particulares, Eram pessoas que não se importavam em humilhar outras, em rebaixar aqueles que possuíam menos, eram puritanos em seus valores familiares e mostravam-se aquele tipo esnobe de família tradicional. Isso explicava a arrogância de Mario, mas como para o coração não existe este tipo de conceito, ele estava apaixonado e todos já sabiam. As moças não entendiam o que ele havia visto em Marina, pois se ele era o mais “Rico” ela era a mais pobre, não podia estudar pois precisava trabalhar, não usava roupas bonitas, e por ser assim não tinha amigos, e os que se aproximavam eram por uma inveja mórbida com intenções de humilhar, pois se Deus não agraciou a pobre com riquezas agraciou-a com beleza.
Mario, não se importava com a condição financeira de Marina, ele a amava, de verdade a amava, e muito de sua personalidade era uma mascara que ele usava tortuosamente, pois havia outro amor ao qual ele não abria mão, o amor de seu pai. E para agradar muitas vezes agia contra seus próprios princípios.
Em uma manhã fria ele se propôs ao pai para abrir o comercio e ficar lá até a hora da escola, pois na noite anterior o pai havia passado mal, Marina toda manhã levava o cachorro de seu irmão para passear, algo que ela fazia, não pela recompensa que ganhava, mas para ver se a sorte lhe presenteava com um encontro com seu amor.
Mario já havia planejado tudo, esperou a moça devolver o cachorro na casa de seu irmão e quando ela voltava pra casa, sem nada dizer, sem esperar por autorização, a puxou pelo braço e atrás de uma prateleira a beijou apaixonadamente, Marina não fugiu ao beijo, muito pelo contrário, respondeu com o mesmo ardor, seu coração batia forte e o seu corpo tremia, mas era seguro pelos braços de Mario que entre beijos dizia o tanto que a amava. Depois de beijos e juras de amor, Mario prometeu que naquele mesmo dia, durante a tarde, pediria sua mão em namoro, ele falou do medo da mãe de Marina não aceitar, mas ela o tranquilizou, pobre Marina, não pensou em momento algum que grande seria o preconceito que enfrentaria da parte da família de seu amado.
Como prometerá a tardezinha Mario foi até a casa de Marina e a pediu em namoro. O Burburinho formou-se, e ambos divertiam-se com tudo isso, com a revolta explicita de outras moças e famílias; era o casal sensação e ambos eram vaidosos e adoraram a polemica. A Família de Mario solicita e educada quiseram conhecer a jovem e orgulhoso Mario apresentou a bela namorada, logo ela vivia em festas, aonde chegavam chamavam atenção. Não se desgrudavam, o tempo que juntos podiam passar lá estavam aos beijos, isso gerava preocupação, ambos eram jovens e apaixonados, então quando não estavam juntos estavam ouvindo sermões sobre responsabilidade, coisas do tipo. Marina era mais controlada e conseguia por limites ao ímpeto quente de Mario. Tão mergulhados um no outro estavam que não percebiam os movimentos ao redor. O pai de Mário olhava a moça com desconfiança, achava que Marina queria dar o “golpe do baú”...Sabendo da influencia que tinha sob o filho passou a trabalhar a mente do rapaz com conselhos sórdidos, incitava o filho a possui-la e que fazendo isso veria que a paixão acabaria, taxava Marina de todos os termos chulos que se possa imaginar, Mario um jovem apaixonado, mas que amava o pai acima de qualquer coisa, nunca desobedeceria ele, mesmo que isso lhe custasse a mulher que amava. Mas Marina não era só uma moça bela, ela era uma moça especial, podia ouvir o inaudível e ver o invisível, digamos que Marina era uma bruxa que não usava de seus dons para tirar vantagens ou prejudicar outros, mas era aberta aos conselhos do além e se Mario obedeceria ao pai, Marina obedeceria a voz de seu protetor mesmo que isso custasse o amor de sua vida, e seu protetor chamou sua atenção para o que acontecia, e sabendo que ela poderia duvidar, providenciou que houvesse testemunha da conversa entre pai e filho, e isso mais lhe deu coragem para obedecer o seu amigo do além. Muito triste e abatida ela foi a casa dele como de costume, percebeu que ele fugia de sua presença, mas ela pacientemente esperou a hora que ele teria de vir pra casa, pois deveria se aprontar para o colégio, e quando Mario chegou, ela não demorou...
- Mario, não vou fazer rodeios para não perder a coragem, eu quero terminar com você, não podemos ficar juntos.
O sangue injetou-se nos olhos de Mario e lagrimas incontroláveis lhe molharam a face, choro este que ele escondeu com um óculos escuro. Ele propôs um namoro escondido, mas ela não aceitou, vendo que não haveria jeito ele pediu o ultimo beijo, um beijo que durou minutos como se ambos quisessem morrer ali sem ar, abraçaram-se e choraram copiosamente e prometeram um para o outro que não amariam outras pessoas, juraram que para sempre seria um do outro o coração.
A mãe e a irmã de Mario ao verem que ambos desciam as escadas, derrotados e infelizes, perguntaram com forçada amorosidade o que havia acontecido, Mario explodiu:
- Por que pergunta mamãe, vai me dizer que não sabe, aconteceu o que vocês queriam, não é o que queriam, que eu a tomasse para mim e depois disso a jogasse fora?
Pois é, não foi assim, lamento decepciona-los, ela me deixou antes que eu pudesse acabar com a vida dela como me pediram.
Marina saiu sem se despedir, sem querer ouvir o termino daquela briga, ela estava destruída por dentro, não havia mais nada, não foi um amor de verão, foi um amor de inverno e o sol chegava pondo fim a tudo, ela sentiu raiva de seu amigo do além, mas depois pensou, que talvez fosse melhor assim...
Ela tinha treze anos e ele dezesseis, depois deste dia nunca mais se falaram, e quando encontravam-se pelo o acaso, não podiam evitar, o tempo parava e um perdia-se no olhar do outro...Historias de mentira costumam ter finais felizes, mas sábio quem disse que a verdade sempre é dolorida. Por isso acredito que Romeu e Julieta existiram de verdade, um ser humano pode amar muitas vezes, mas cada amor é um amor, e o amor de Marina por Mario foi único em sua forma de ser, ela casou-se teve uma filha, ele, apesar de ter tido uma filha também, não casou-se, foi fiel a sua promessa até o fim, mas Marina não sabia disso.
Passado oito anos ela voltava de um curso de inglês que a força cursava, e um amontoado de pessoas chamou sua atenção, era uma briga, as pessoas que faziam volta correram espantadas por disparos de uma arma de fogo, Marina não correu, mas não quis se aproximar, voltou para a casa apática e pensativa. No dia seguinte sua mãe pediu que ela se sentasse, e disse com ares de quem tinha uma má noticia.
- Filha João está internado, teve um infarto depois que o filho morreu baleado em uma briga.
Marina chocou-se, seu ex- sogro era forte como podia está em uma situação assim. A mãe de Marina percebeu que ela não entendeu.
três dias depois Marina estava com seu marido preparando a janta e deixou o prato cair de sua mão: “ Espere...João tinha um filho homem apenas...”
Ela chorou, amargamente chorou e foi consolada por seu esposo que conhecia a historia...Meses depois João o pai de Mario veio a morrer, a família ruiu, perderam tudo o que tinham, Marina foi visitar Maria, a mãe de Mario, e está me recebeu em prantos, me levou ao seu quarto e lá em sua prancha de surf estava nossas iniciais, fotos...E com dor marina ouviu:
-Me perdoe, meu filho sempre te amou, nunca te esqueceu...
Marina chorou e ainda chora a vias tortas de seu destino, e agora o amor de sua vida, e de tantas outras vidas é mais um amigo que Marina tem no Além.
Ela era uma menina não conhecia as tristezas do amor e nem as suas felicidades, não pensava ainda no que as meninas da maioria de sua idade pensavam, mas Eros fez-se presente no dia em que do lado de sua casa um rapaz abria o portão e pegava sua bicicleta para ir ao colégio, Mario tinha algo em comum com Marina ele não pensava em amar, mas sabia que as moças morriam de amores por ele, e se divertia com isso, e por ser frio com elas, e porque não dizer, cruel, passou a ser um tabu, a menina que o conquistasse seria a princesa do bairro, e não era para menos, sua beleza era estonteante, a pele clara combinava com os cabelos negros que lhe caiam na testa, sua boca de lábios levemente fartos harmonizava-se com seus traços delicados, mas o que mais chamava atenção no rapaz alto e esguio eram seus olhos esverdeados e sedutores, sempre trazia consigo um sorriso guardado nos lábios e o seu porte altivo não provocava somente paixão, mas homens novos e velhos odiavam sua graciosa arrogância. Quando Mario olhou Marina algo nele se agitou, ele não sabia dizer se eram suas curvas sinuosas, sua pele lisa e seus cabelos longos e negros, se a delicadeza dos traços de seus rosto, que estranhamente parecia-se com os dele, ou os seus olhos grande e castanhos que eram impenetráveis e parecia não se render diante dele. Um ignorante que os visse lado a lado poderia dizer que eram irmãos. Marina era orgulhosa, estava fascinada por Mario, mas nunca deixaria que ele percebesse, ela também era conhecedora do fascínio que provocava nos rapazes, embora isso não fizesse diferença até aquele momento que o tão desejado rapaz surgiu em sua frente.
Depois daquele encontro Marina não pensava em nada que não fosse Mario, todas as musicas, todos os aromas, seu coração esfriava suas entranhas e batia forte, tão forte ao ponto de doer.
E assim foi, olhares e sorrisos que duraram meses, os amigos de Mario pressionava-o cobrando dele uma atitude, Marina por sua vez escondia de todos, embora faltasse desmaiar ao vê-lo não permitia que sequer ruborizasse. Ela não era Fácil e isso era mais que claro.
Não há nada mais belo que o primeiro amor, e os dois tanto estavam envolvidos na conquista um do outro que não perceberam que a paixão de ambos já havia sido percebida por toda a vizinhança, que como toda boa velha vizinhança não fugia as regras, a maioria gastava mais tempo com os acontecimentos nos lares alheios que nos seus próprios e a família de Mario fazia parte desta panela; Não consentiam a ideia do filho enrabichado por uma “pobretona” pois se eles eram iguais em beleza e em sentimento, eram o extremo em diferença de bens, a família de Mario de todo o bairro era a mais bem colocada socialmente falando, embora o local fosse de classe baixa, o padrão de vida da família era de classe média alta, tinham a maior casa, comércio, carros, os filhos estudavam em escolas particulares, Eram pessoas que não se importavam em humilhar outras, em rebaixar aqueles que possuíam menos, eram puritanos em seus valores familiares e mostravam-se aquele tipo esnobe de família tradicional. Isso explicava a arrogância de Mario, mas como para o coração não existe este tipo de conceito, ele estava apaixonado e todos já sabiam. As moças não entendiam o que ele havia visto em Marina, pois se ele era o mais “Rico” ela era a mais pobre, não podia estudar pois precisava trabalhar, não usava roupas bonitas, e por ser assim não tinha amigos, e os que se aproximavam eram por uma inveja mórbida com intenções de humilhar, pois se Deus não agraciou a pobre com riquezas agraciou-a com beleza.
Mario, não se importava com a condição financeira de Marina, ele a amava, de verdade a amava, e muito de sua personalidade era uma mascara que ele usava tortuosamente, pois havia outro amor ao qual ele não abria mão, o amor de seu pai. E para agradar muitas vezes agia contra seus próprios princípios.
Em uma manhã fria ele se propôs ao pai para abrir o comercio e ficar lá até a hora da escola, pois na noite anterior o pai havia passado mal, Marina toda manhã levava o cachorro de seu irmão para passear, algo que ela fazia, não pela recompensa que ganhava, mas para ver se a sorte lhe presenteava com um encontro com seu amor.
Mario já havia planejado tudo, esperou a moça devolver o cachorro na casa de seu irmão e quando ela voltava pra casa, sem nada dizer, sem esperar por autorização, a puxou pelo braço e atrás de uma prateleira a beijou apaixonadamente, Marina não fugiu ao beijo, muito pelo contrário, respondeu com o mesmo ardor, seu coração batia forte e o seu corpo tremia, mas era seguro pelos braços de Mario que entre beijos dizia o tanto que a amava. Depois de beijos e juras de amor, Mario prometeu que naquele mesmo dia, durante a tarde, pediria sua mão em namoro, ele falou do medo da mãe de Marina não aceitar, mas ela o tranquilizou, pobre Marina, não pensou em momento algum que grande seria o preconceito que enfrentaria da parte da família de seu amado.
Como prometerá a tardezinha Mario foi até a casa de Marina e a pediu em namoro. O Burburinho formou-se, e ambos divertiam-se com tudo isso, com a revolta explicita de outras moças e famílias; era o casal sensação e ambos eram vaidosos e adoraram a polemica. A Família de Mario solicita e educada quiseram conhecer a jovem e orgulhoso Mario apresentou a bela namorada, logo ela vivia em festas, aonde chegavam chamavam atenção. Não se desgrudavam, o tempo que juntos podiam passar lá estavam aos beijos, isso gerava preocupação, ambos eram jovens e apaixonados, então quando não estavam juntos estavam ouvindo sermões sobre responsabilidade, coisas do tipo. Marina era mais controlada e conseguia por limites ao ímpeto quente de Mario. Tão mergulhados um no outro estavam que não percebiam os movimentos ao redor. O pai de Mário olhava a moça com desconfiança, achava que Marina queria dar o “golpe do baú”...Sabendo da influencia que tinha sob o filho passou a trabalhar a mente do rapaz com conselhos sórdidos, incitava o filho a possui-la e que fazendo isso veria que a paixão acabaria, taxava Marina de todos os termos chulos que se possa imaginar, Mario um jovem apaixonado, mas que amava o pai acima de qualquer coisa, nunca desobedeceria ele, mesmo que isso lhe custasse a mulher que amava. Mas Marina não era só uma moça bela, ela era uma moça especial, podia ouvir o inaudível e ver o invisível, digamos que Marina era uma bruxa que não usava de seus dons para tirar vantagens ou prejudicar outros, mas era aberta aos conselhos do além e se Mario obedeceria ao pai, Marina obedeceria a voz de seu protetor mesmo que isso custasse o amor de sua vida, e seu protetor chamou sua atenção para o que acontecia, e sabendo que ela poderia duvidar, providenciou que houvesse testemunha da conversa entre pai e filho, e isso mais lhe deu coragem para obedecer o seu amigo do além. Muito triste e abatida ela foi a casa dele como de costume, percebeu que ele fugia de sua presença, mas ela pacientemente esperou a hora que ele teria de vir pra casa, pois deveria se aprontar para o colégio, e quando Mario chegou, ela não demorou...
- Mario, não vou fazer rodeios para não perder a coragem, eu quero terminar com você, não podemos ficar juntos.
O sangue injetou-se nos olhos de Mario e lagrimas incontroláveis lhe molharam a face, choro este que ele escondeu com um óculos escuro. Ele propôs um namoro escondido, mas ela não aceitou, vendo que não haveria jeito ele pediu o ultimo beijo, um beijo que durou minutos como se ambos quisessem morrer ali sem ar, abraçaram-se e choraram copiosamente e prometeram um para o outro que não amariam outras pessoas, juraram que para sempre seria um do outro o coração.
A mãe e a irmã de Mario ao verem que ambos desciam as escadas, derrotados e infelizes, perguntaram com forçada amorosidade o que havia acontecido, Mario explodiu:
- Por que pergunta mamãe, vai me dizer que não sabe, aconteceu o que vocês queriam, não é o que queriam, que eu a tomasse para mim e depois disso a jogasse fora?
Pois é, não foi assim, lamento decepciona-los, ela me deixou antes que eu pudesse acabar com a vida dela como me pediram.
Marina saiu sem se despedir, sem querer ouvir o termino daquela briga, ela estava destruída por dentro, não havia mais nada, não foi um amor de verão, foi um amor de inverno e o sol chegava pondo fim a tudo, ela sentiu raiva de seu amigo do além, mas depois pensou, que talvez fosse melhor assim...
Ela tinha treze anos e ele dezesseis, depois deste dia nunca mais se falaram, e quando encontravam-se pelo o acaso, não podiam evitar, o tempo parava e um perdia-se no olhar do outro...Historias de mentira costumam ter finais felizes, mas sábio quem disse que a verdade sempre é dolorida. Por isso acredito que Romeu e Julieta existiram de verdade, um ser humano pode amar muitas vezes, mas cada amor é um amor, e o amor de Marina por Mario foi único em sua forma de ser, ela casou-se teve uma filha, ele, apesar de ter tido uma filha também, não casou-se, foi fiel a sua promessa até o fim, mas Marina não sabia disso.
Passado oito anos ela voltava de um curso de inglês que a força cursava, e um amontoado de pessoas chamou sua atenção, era uma briga, as pessoas que faziam volta correram espantadas por disparos de uma arma de fogo, Marina não correu, mas não quis se aproximar, voltou para a casa apática e pensativa. No dia seguinte sua mãe pediu que ela se sentasse, e disse com ares de quem tinha uma má noticia.
- Filha João está internado, teve um infarto depois que o filho morreu baleado em uma briga.
Marina chocou-se, seu ex- sogro era forte como podia está em uma situação assim. A mãe de Marina percebeu que ela não entendeu.
três dias depois Marina estava com seu marido preparando a janta e deixou o prato cair de sua mão: “ Espere...João tinha um filho homem apenas...”
Ela chorou, amargamente chorou e foi consolada por seu esposo que conhecia a historia...Meses depois João o pai de Mario veio a morrer, a família ruiu, perderam tudo o que tinham, Marina foi visitar Maria, a mãe de Mario, e está me recebeu em prantos, me levou ao seu quarto e lá em sua prancha de surf estava nossas iniciais, fotos...E com dor marina ouviu:
-Me perdoe, meu filho sempre te amou, nunca te esqueceu...
Marina chorou e ainda chora a vias tortas de seu destino, e agora o amor de sua vida, e de tantas outras vidas é mais um amigo que Marina tem no Além.