A VOZ DO CORAÇÃO
 
Na base das montanhas Himalaia, um monge estava á caminho do seu mosteiro. Entrou em uma taberna, na ultima aldeia ao pé da montanha. A neve caia pesadamente. O monge tomou um largo copo de raksi, um forte vinho feito de arroz e comeu uma tigela de tsampa, uma espécie de mingau feito com cevada. Depois ajustou a mochila nas costas e preparou-se para sair, sem fazer caso da tempestade.
– Eh! Meu velho – não tem medo de sair nessa tempestade? – perguntou o dono da taberna.
– Não– respondeu o peregrino. – Eu conheço o caminho para o mosteiro.
– Mas como vai encontrar o caminho no meio dessa tempestade? – perguntou, preocupado, o taberneiro.
– É simples – respondeu o monge, com um cativante sorriso.– Meu coração já está lá. Eu só preciso seguir a voz dele.
 
A VOZ DO CORAÇÃO