Os opostos se atraem.

Ele era cheio de princípios e maturidade, tinha trinta anos com mente de cinquenta e ela tão jovem cheia de expectativas, tinha acabado de entrar fase adulta da qual não entendia os dilemas. Ela bebia de cerveja á tequila e ele não passava do suco de laranja. Ela não era tão imatura, tinha sofrido demais, problemas dos quais nunca se esqueceria e que ainda estavam gravados em sua pele morena. Ele também tinha passado dificuldades, mas isso só fez dele alguém mais forte e determinado. Tão inteligente e gentil que era inacreditável, ela de sorriso fácil e cabelos ondulados levava alegria por onde passava. Esbanjava charme e graciosidade. Tinha uma facilidade de falar com as pessoas e ele admirava isso.

Eles estavam indo em direções opostas, ela falava como uma tagarela, ria alto demais e falava palavrões, ainda nem tinha acabado de sair do colegial e não sabia o que fazer do futuro que a esperava logo ali esquinas adiante. Ela gostava de ser livre, uma característica de seu signo, geminiana de gênio forte e inteligente. Ela odiava quando os pombos cantavam pela manhã, quase sempre acordava de mau humor, ele amava quando os pássaros cantavam e sempre sorria e fazia alongamento (coisa que ela odiava) ao acordar.

Ela ouvia musica alta e fazia contas na calculadora, dizia que o lado esquerdo de seu cérebro não funcionava direito porque não entendia matemática e ele ria. Ela gostava de falar de religião e defendia seus conceitos como uma leoa, isso se dava ao fato de ter sido Adventista do Sétimo Dia durante nove anos de sua vida, e ele ainda meio sem saber o que dizer, discordava de algumas teorias, já que ele acreditava em Espiritismo. Nunca brigavam, sempre conversavam e quando ela aumentava a voz ele a perguntava: -Porque você está gritando? Ela sentia que o tinha ofendido e pedia desculpas com um sorriso de lado.

Mesmo com tudo isso, eles tinha coisas em comum, amavam os livros, dos filmes discordam sempre. O que era uma coisa boa, pois dava ótimas discussões, por fim chegavam a um acordo. Ela preencheu o vazio que existia na vida dele, e ele salvou o coração partido dela, e mesmo que você ache que eles são pessoas diferentes demais para estarem juntos lembre-se daquele clichê.

-Os oposto se atraem.

No fim de tudo o que importava é que eles se amavam e apenas isso fariam deles perfeitos um para o outro. Ele a ensinou a se dedicar aos estudos, e ela o ensinou a ver a vida com mais leveza e não se cobrar tanto. Um completava o outro como feijão e arroz.

Eloisa Elena Delacroix
Enviado por Eloisa Elena Delacroix em 10/10/2013
Código do texto: T4519500
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